José Dirceu, recupera direitos políticos e aponta para eleições de 2026, após decisão do STF

José Dirceu, recupera direitos políticos e aponta para eleições de 2026, após decisão do STF

  Nesta terça-feira (29/10), uma reviravolta jurídica no Supremo Tribunal Federal (STF) mudou a trajetória do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Com todas as suas condenações na Operação Lava Jato anuladas, o ministro Gilmar Mendes devolveu a Dirceu os direitos políticos, permitindo sua candidatura a qualquer cargo eletivo em 2026. Em uma contundente, Mendes aponta a decisão entre o então juiz Sergio Moro e a equipe de procuradores liderados por Deltan Dallagnol como uma "confraria" externa para construir uma narrativa que culminou na deslegitimação de figuras do Partido dos Trabalhadores (PT), como Dirceu e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua decisão, Gilmar Mendes destacou que a força-tarefa de Curitiba se utilizou de “falta de isenção” para implicar Dirceu em crimes de corrupção, com o objetivo de enfraquecer lideranças do PT e criar um ambiente desfavorável a Lula. Segundo o ministro, essa “confraria” trabalhou para inserir Dirceu em uma cadeia de acontecimentos e acusações que levariam ao desgaste do então presidente Lula, o que Mendes descreveu como um “projeto de poder”.

A decisão expõe que a estratégia da Lava Jato incluía o uso de Dirceu como peça-chave: “no cálculo construído pela força-tarefa, se José Dirceu recebeu de Lula amplos poderes para a negociação de cargas e estruturação de governo, era necessário acusá- lo e condená-lo para que Lula pudesse ser atingido”, argumentaram os advogados de Dirceu.

As acusações contra Dirceu eram frequentemente nas denúncias da força-tarefa, com seu nome citado em 72 graças no caso do Triplex do Guarujá. Mendes relatou que, mesmo sem tentativas diretas contra Dirceu em alguns processos, seu envolvimento foi reforçado como uma manobra para influenciar a opinião pública contra o PT.

As mensagens de 2015, reveladas pela Carta Capital, ilustram outra camada dessa suposta estratégia. Nelas, procuradores do grupo de Telegram discutem sobre uma pessoa ligada a Dirceu, mesmo admitindo não haver provas concretas contra ela. Segundo Mendes, essas práticas “mostram que condenar Dirceu era parte de um projeto para influenciar a opinião pública e enfraquecer o PT”.

Com essa decisão, Dirceu surge como um potencial candidato nas eleições de 2026, e o julgamento se torna um marco no debate sobre o uso da Operação Lava Jato como instrumento de impacto político.

 

Fonte: urbsmagna

 

Por Jornal da República em 30/10/2024
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