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Mesmo em plena pandemia, o país arrasado, com 18 milhões de desempregados, 9 milhões na pobreza extrema e o setor do comércio e atividades no ramo de serviços e de varejo fortemente açodadas, é visível a antecipação do debate eleitoral, visando as eleições presidenciais de 2022.
Para Lula “derrotar Bolsonaro no primeiro turno terá um sabor especial de vitória”. Ainda no início de 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou claro que concorreria a um novo mandato e trouxe para o governo a polarização com as forças de esquerda que marcou a campanha vitoriosa do ano anterior.
O sinal latente de que existe a campanha reflete na entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rádio Tiradentes do Amazonas na sexta-feira (28/05), quando rebateu que não tem medo de ser candidato em 2022 e que, diferentemente de Bolsonaro, vai andar nas ruas e falar com povo, mas com responsabilidade.
"Se tem uma coisa que não tenho é medo de rua. Mas não sei se ele vai conseguir andar, porque se continuar caindo nas pesquisas como está caindo, daqui a pouco só vai poder visitar um quartel ou um miliciano no Rio de Janeiro", frisou.
Contra as ameaças feitas por Bolsonaro sobre a Zona Franca de Manaus, Lula garantiu que, se for eleito, a área vai continuar “pois é o coração do desenvolvimento do Amazonas". O ex-presidente afirmou que vai impulsionar a discussão e o desenvolvimento da região da Amazônia.
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O salário mínimo em 2022 será de R$ 1.147 e não terá aumento acima da inflação
Visita de Lula na região amazônica foram pontuais
"Não sou aquele que discute Amazônia como santuário", mas reforça que a região deve ser cuidada "democraticamente e cientificamente". Lula ainda se disse favorável à construção da Rodovia 319 e defendeu que é possível executá-la de forma "ambientalmente correta".
Em resposta à visita de Bolsonaro à São Miguel da Cachoeira (AM) o ex-presidente firmou compromisso de que vai à região.
"Vou conversar com esse povo indígena porque não é possível que a gente não tenha dimensão de que esses índios não são intrusos", declarou.
Segundo Lula, o cuidado com o povo indígena e a concessão de terras, deve ser vistos com normalidade, "mas o presidente não gosta disso".
"É um momento extraordinário para elevar o nível de debate político", pontuou.
Da Redação/Abc do Abc/Rádio Tiradentes do Amazonas/Imagem: Internet
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