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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (3). Este desempenho coloca o Brasil entre as economias de crescimento mais rápido no G20, empatado com a China e atrás apenas da Indonésia (1,5%) e México (1,1%).
No acumulado do ano até setembro, o PIB brasileiro registrou um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. Entre os setores, destacam-se os serviços, com crescimento de 0,9%, e a indústria, que avançou 0, 6%. O setor agropecuário, por outro lado, apresentou queda de 0,9%.
Serviços e Indústria Impulsionam a Economia
O setor de serviços apresentou expansões significativas em áreas como informação e comunicação (+2,1%), atividades financeiras (+1,5%) e comércio (+0,8%). Na indústria, o destaque foi o crescimento de 1,3% nas indústrias de transformação, embora a construção (-1,7%) e o setor de eletricidade e gás (-1,4%) tenham registrado retrações.
Consumo e Crédito Como Motores de Crescimento
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento acima das expectativas foi impulsionado pela expansão fiscal, alta da massa salarial e maior acesso ao crédito. O consumo das famílias também foi um fator decisivo, refletindo a recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego atingindo 6,2%, o menor nível da série histórica do IBGE.
Inflação e Desafios
Apesar do desempenho econômico positivo, a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 4,77%, próxima ao teto da meta de 4,5%, influenciada pelo aumento dos alimentos e das tarifas de energia elétrica.
Os especialistas também apontam os desafios futuros, como o impacto das condições climáticas adversas, a volatilidade cambial e possíveis aumentos nos preços de investimentos.
Comparação Internacional e Projeções
O desempenho do Brasil no terceiro trimestre é notável no cenário global. De acordo com a OCDE, enquanto o PIB do G7 cresceu 0,5%, o Brasil superou economias como Estados Unidos e França.
Para 2024, o FMI estima que o Brasil crescerá 3%, abaixo dos 4,8% projetados para a China, mas acima da média global de 3,2%. No entanto, a expectativa é de um crescimento mais moderado em 2025, de 2,2%, devido ao esfriamento do mercado de trabalho e à política monetária ainda restritiva.
O crescimento econômico registrado reafirma a resiliência da economia brasileira, mas evidencia a necessidade de estratégias robustas para enfrentar os desafios internos e externos, garantindo a sustentabilidade desse desempenho positivo nos próximos anos.
Fonte: BBC
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