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Em ato público para comemorar, neste dia 10 de dezembro, a redemocratização da Argentina, o ex-presidente Lula (PT), ao lado do ex-presidente Pepe Mujica e o presidente e a vice-presidenta da Argentina, Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, discurso para milhares de argentinos.
"Eeeee vamos a volver, a volver a volver. Vamos a volver!", gritam milhares de pessoas na praça de Mayo durante o discurso do ex-presidente brasileiro.
“Tive a felicidade de governar o Brasil no período em que Cristina Kirchner governou a Argentina, Hugo Chávez era presidente da Venezuela, quando o índio Evo Morales era presidente da Bolívia, quando Tabaré [Vázquez e Pepe Mujica governavam o Uruguai, [Fernando] Lugo era presidente do Paraguai, Michelle Bachelet e [Ricardo] Lagos eram presidente do Chile, Rafael Correa era presidente do Equador”, disse.
“Estes companheiros progressistas, socialistas e humanistas fizeram parte do melhor momento de democracia da nossa pátria grande, a nossa querida América Latina”, destacou o petista.
“Posso afirmar a todas as mulheres e homens que a nossa querida América do Sul viveu o melhor período de 2000 a 2012 quando nós governamos democraticamente todos os países da América do Sul. Quando expulsamos a Alca, criamos a Unasul, a Celac [...], em que participava Cuba e não participava nem os Estados Unidos, nem o Canadá”, concluiu.
Ele também agradeceu a solidariedade do povo argentino, que denunciou sua perseguição política pela Lava Jato e o golpe de Estado no Brasil. “Agradeço a cada argentino que prestou solidariedade a mim quando fui preso no Brasil”, ressaltou.
“A mesma perseguição que me colocou em cárcere é a mesma perseguição que a companheira Cristina foi vítima e é vítima aqui na Argentina”, denunciou.
Ele ainda agradeceu Alberto Fernandez que era candidato a presidente da Argentina e “teve coragem de ir na cadeia me visitar, mesmo eu pedindo para ele tomar cuidado que talvez não fosse prudente”.
E concluiu: “esse é um dia para vocês encherem o coração de esperança, porque a democracia não é um pacto de silêncio [...] é o momento extraordinário em que nós nos manifestamos na construção de uma sociedade efetivamente justa, igualitária, humanista, fraterna, onde o ódio seja extirpado e o amor seja o vencedor”. E ainda disse que estará ao lado de Fernandez para “melhorar a vida do povo argentino”.
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