LULA: Por não declarar o Hamas grupo terrorista, governo entra em ebulição

ROBERTO MONTEIRO PINHO

LULA: Por não declarar o Hamas grupo terrorista, governo entra em ebulição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perdendo popularidade e apoio até mesmo entre seus aliados por não se posicionar claramente contra a organização terrorista Hamas, após o ataque de 7 de outubro na Faixa de Gaza. Enquanto vários países já oficializaram suas posições, o chefe do Executivo brasileiro apesar de ressalva, demonstra neutralidade, condena os ataques, mas sem reconhecer o Hamas como organização terrorista. A omissão do presidente é praticamente uma autofagia política, confidencia um aliado do governo.

Pesquisa da AP Exata Inteligência Digital, publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, mostra que a posição dúbia diante de uma guerra sem precedentes, onde mais de 7 mil pessoas morreram, em meio as atrocidades com bebês, crianças, mulheres, estupros e torturas. É um contexto desalentador, hesitou assumir posição contra o Hamas. A queda da avaliação positiva do governo e aumento da percepção negativa, desde o início do conflito, fez com que o número dos que classificam o governo como bom/ótimo caísse 0,6. Já os que avaliam como ruim/péssimo cresceu 0,7%.

Lideranças do PT, esquerda, aliados, e imprensa adesista silenciam

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo que acha “estranho” como o governo brasileiro tem lidado com os discursos antissemitas e pró-Hamas.

"Nós pensamos que matar crianças, bebês, mulheres, decapitar, estuprar, além de atacar civis em suas casas e queimar tudo, é terrorismo. O governo brasileiro não pensa assim. Pelo menos pelas palavras que usaram", disse o Zonshin.

Lideranças do PT, esquerda, aliados, e imprensa adesista silenciam, e redes sociais reagem e a direita patriota, mobilizam manifestação em massa para 15 de novembro.

Numa tentativa de melhorar o contexto, em declaração ao Brasil de fato, Lula argumentou que se a ONU “tivesse força”, poderia exercer o que chamou de maior interferência no conflito. Em 2021, dois ministros de Lula além de vários membros do PT ligados ao presidente, além de entidades aliadas ao partido, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se posicionaram abertamente contra classificar o Hamas como um grupo terrorista.

A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro lidera com 35,7%para vaga de Moro

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, nesta quinta-feira (26/10), um segundo levantamento em que mostra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como favorita para a cadeira no Senado que pode ser aberta com uma cassação do senador Sergio Moro (União-PR). Mesmo sem domicílio eleitoral no estado, a presidente do PL Mulher figura com 35,7% das intenções de voto em uma pesquisa estimulada.

A ação contra Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) é movida pelo partido da ex-primeira-dama e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo PT. A legenda da direita alega irregularidades nos gastos de campanha quando o ex-juiz lança a sua candidatura à Presidência da República pelo Podemos e depois migra para o União Brasil para concorrer ao Senado, enquanto o partido de esquerda cita “inúmeras ilicitudes” e "movimentações financeiras suspeitas".

Com uma possível cassação, novas eleições seriam convocadas pela cadeira e tem estimulado articulações dentro das legendas. Outros nomes importantes em Brasília figuram na disputa, como o ex-governador Alvaro Dias (Podemos), que possui a preferência de 24,4% do eleitorado, e da deputada federal e ex-senadora Gleisi Hoffmann (PT), com 16,2%A pesquisa ouviu 1.556 eleitores do Paraná de 19 a 23 de outubro, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Dino pode estar sendo esvaziado por causar desgaste ao governo Lula

A recente crise de violência no Rio de Janeiro ampliou o desgaste do governo Lula (PT) com o tema da segurança pública e levou o presidente a dizer que estuda recriar o Ministério da Segurança Pública, desmembrando, assim, a pasta da Justiça comandada por Flávio Dino.

Segundo auxiliares próximo, o presidente ainda não tem opinião formada sobre o assunto. A decisão, além de dividir aliados do próprio governo, passa por uma equação que envolve indicar ou não o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a essa altura fica mais distante para Dino. Lula foi informado com os resultados de novas pesquisas, que indicam que os problemas enfrentados por estados, alguns governados por correligionários, acabam respingando na gestão federal. Por essa razão, o tema ficou nos últimos dias entre as prioridades do presidente, que dará aval a um plano mais amplo de ajuda ao Rio. 

Devedores: Imóveis podem ser retomados por Instituições Financeiras

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que validou a retomada de imóvel de devedores por procedimento extrajudicial afeta 99% dos contratos do setor imobiliário em todo o país, de acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em julgamento realizado na quinta-feira (26/10), a corte entendeu que não é necessário aval da Justiça para que bancos e outras instituições financeiras retomem casas e apartamentos de quem atrasar a parcelas de financiamentos na modalidade de alienação fiduciária.

Neste tipo de modalidade, o próprio imóvel é colocado como garantia do financiamento e, caso o devedor não ponha as mensalidades em dia, o contrato é encerrado e o bem volta para a instituição de origem. A regra está prevista em uma lei de 1997 e o Supremo começou a julgar o caso ao receber uma ação em que um devedor questionava a perda do apartamento de R$ 66 mil financiado pela Caixa Econômica Federal. Ele deixou de pagar as parcelas, fixadas em R$ 687,38 mensais.

Artigos de luxo crescem seus ativos no pós-pandemia

De acordo com o relatório Knight Frank Luxury Investment Index (KFLII) de 2023, apesar da turbulência econômica de 2022, o investimento em ativos de luxo cresceu. As compras de artes plásticas, por exemplo, tiveram um aumento anual de 29%. No geral, o índice cresceu 16%. Segundo a pesquisa o investimento de luxo é um investimento de paixão. “Uma casa só se torna uma casa quando reflete o caráter e a personalidade de seus proprietários. A arte nas paredes, o vinho na adega ou os carros na garagem, até as joias ou os relógios na penteadeira, estão todos ligados a isso”, afirmou o CEO da Azimut Yachts do Brasil, Francesco Caputo.  

Esse comportamento também repercute no mercado de iates. Maior fabricante de embarcações de alto luxo do mundo, a Azimut Yachts registrou um crescimento de 25% entre setembro de 2022 e agosto de 2023 e projeta crescimento também expressivo no próximo ano no Brasil. “Após a pandemia, é perceptível que as pessoas estão mais focadas em trazer para perto o que as define e, por isso, estão investindo mais em qualidade de vida”, finalizou Caputo. 

Argentina: Milei e Massa, a queda de braço da esquerda e a direita radical

O segundo turno das eleições presidenciais na Argentina será no dia 19 de novembro e vai opor dois candidatos considerados totalmente antagônicos. De um lado o atual ministro da Economia, Sergio Massa, candidato do tradicional grupo peronista de centro-esquerda e que foi o mais votado no primeiro turno - causando surpresa - com 36,68% dos votos. Do outro lado, o economista libertário Javier Milei, que ficou conhecido por propostas polêmicas como extinguir o Banco Central e dolarizar a economia argentina. Apesar de liderar as principais pesquisas de intenção de voto, Milei ficou em segundo, com 29,98%.

No Brasil, o processo eleitoral na Argentina é acompanhado com atenção, tanto por motivos políticos quanto econômicos. Analistas avaliam que a disputa eleitoral na Argentina tem como pano de fundo um grande tema: a crise econômica vivida pelo país nos últimos anos. O país sofre com uma das piores taxas de inflação do mundo: 138% ao ano. A inflação fora de controle, por sua vez, é apontada como um dos elementos responsáveis pela taxa de pobreza no país. De acordo com os dados mais recentes, divulgados em setembro deste ano pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), vinculado ao governo argentino, 40% da população do país vive em situação de pobreza.

O Brasil no Pan-Americano está perto do recorde de medalhas

Na reta final do Pan-Americano, o time Brasil pode superar o recorde de medalhas obtido na edição de 2019, em Lima, no Peru. Naquele ano, a delegação brasileira terminou em segundo lugar na colocação geral e voltou para casa com 169 pódios – 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes.

Até o momento, o Brasil conquistou 123 medalhas – 37 de ouro, 47 de prata e 39 de bronze. A campanha coloca o país em segundo lugar no quadro geral, atrás dos Estados Unidos (com 171) e à frente do Canadá e do México (105 e 89, respectivamente). Sendo assim, a delegação brasileira tem até 5 de novembro (domingo), último dia de competições, para somar 47 medalhas e quebrar o recorde. (Imagem: Arquivo)

ROBERTO MONTEIRO PINHO - Jornalista, escritor, ambientalista, influenciar, CEO em Jornalismo Investigativo, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, Associação Emancipacionista da Região da Barra da Tijuca. Membro da Federação das Academias de Letras do Brasil. Técnica em Mediação e Arbitragem. Ex-dirigente da Central Geral dos Trabalhadores – CGT. Escreve para Portais, sites, titular de blog de notícias Nacionais e Internacionais. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit. Topbooks), e dos livros: “Os inimigos do Poder”, e “Manual da Emancipação”.

 "Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."

Por Jornal da República em 31/10/2023
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