Lula reafirma apoio a Haddad e promete: 'Não faremos ajuste fiscal em cima dos pobres'

Lula reafirma apoio a Haddad e promete: 'Não faremos ajuste fiscal em cima dos pobres'

  Durante uma coletiva de imprensa no encerramento do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu apoio incondicional ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e garantiu que seu governo não fará ajustes fiscais que penalizem as classes mais pobres.

Lula reagiu às especulações sobre possíveis pressões sofridas por Haddad, especialmente após a discussão sobre a desvinculação de benefícios sociais da Previdência do aumento do salário mínimo. "O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim", afirmou Lula. O presidente destacou que qualquer proposta do ministro será discutida diretamente com ele.

O presidente foi enfático ao vetar qualquer ajuste fiscal que retire benefícios das camadas mais vulneráveis da população. "Eu quero antecipar: a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres", declarou Lula, reforçando seu compromisso com a proteção social.

O debate sobre a desvinculação ocorre no contexto da busca do governo por soluções para compensar a desoneração da folha salarial de 17 setores econômicos. Embora Lula tenha vetado a desoneração, o Congresso Nacional a manteve, gerando um impasse sobre como compensar a perda de receita.

Lula transferiu a responsabilidade da solução para os empresários e parlamentares, afirmando que, caso não se encontre uma solução, o veto será restabelecido. "Vou dizer em alto e bom som: a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres. [...] Eu disse para o Haddad: não é problema mais do governo; o problema agora é deles", enfatizou o presidente. Ele mencionou que, conforme decisão da Suprema Corte, se não houver acordo dentro de 45 dias, o veto à desoneração será retomado.

O presidente Lula também reforçou seu compromisso com a responsabilidade fiscal, destacando as medidas já tomadas por seu governo, como a regulação do marco fiscal e a aprovação da reforma tributária. "Nós já fizemos o que ninguém esperava que precisava ser feito [...] estamos demonstrando a nossa seriedade de garantir estabilidade jurídica, política, fiscal, econômica e social", concluiu.

Fonte: Brasil247

Por Jornal da República em 16/06/2024
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