Maioria dos shoppings do Rio de janeiro não é segura, diz Sindicato

Maioria dos shoppings do Rio de janeiro não é segura, diz Sindicato

Com a aproximação do Dia dos Pais no próximo domingo (13/7) e o movimento aumentando nas lojas para a compra de presentes, o Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio (SindVigRio) constatou que houve uma redução do efetivo de vigilantes na maioria dos shoppings da cidade que estão sendo substituídos por porteiros, vigias e controladores de acesso – o que é proibido pela portaria nº 18.045 da Polícia Federal, a quem compete fiscalizar o setor.

Dos vinte shoppings visitados 80% estão com segurança irregular.

Dirigentes do Sindicato continuam percorrendo os shoppings e notificando extra-judicialmente os estabelecimentos que não cumprem a mais recente portaria  que estabelece critérios para a execução do serviço especializado de segurança e vigilância, exercido por vigilantes profissionais. 

Além disso, esses shoppings reduziram em 40% o efetivo da vigilância colocando em risco a segurança de usuários, funcionários e lojistas.

“Esses estabelecimentos terão que se adequar a nova portaria da Policia Federal, do contrário todas as notificações que fizemos até agora serão encaminhadas à Delegacia de Controle da Segurança Privada (DELESP) da PF, que fará a fiscalização e o auto de infração”, diz Humberto Rocha, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município. 

REDUÇÃO DE EFETIVO PREOCUPA

De acordo com Humberto Rocha, duas administradoras de shoppings – Aliane Sonae e BR Malls, que administram 62 shoppings pelo país – confirmaram que reduziram em 40% o efetivo de vigilantes no Rio, colocando no lugar outros funcionários não preparados e não autorizados a fazer a segurança interna dos estabelecimentos, prática comum para reduzir custos e provocar uma falsa sensação de segurança.  

– O Shopping Botafogo, por exemplo, para economizar, chega a contratar vigia free-lancer sem carteira assinada e sem a qualificação necessária para substituir o profissional de segurança que é o vigilante.  O vigilante profissional tem que ter curso de formação específico, bons antecedentes, aprovação psicotécnica, reciclagem periódica e registro na Polícia Federal – explica Rocha.

“Os Shoppings ao reduzirem às despesas, contratando pessoas não qualificadas para exercer a vigilância, estão sonegando aos seus frequentadores as condições básicas de segurança, tal atitude, é no mínimo temerária”, diz Leandro Siqueira, diretor do SindVigRio, que participa das vistorias nos shoppings da cidade.                            

Por Jornal da República em 08/08/2023
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