Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Otoni sugeriu que a esquerda poderia ter interesse na morte de Marielle e alegou que a Polícia Federal não havia apresentado provas suficientes para punir Brazão
10 de abril de 2024 – 13:39
Durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que discutia a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) acusou o colega Otoni de Paula (MDB-RJ) de disseminar fake news em relação ao caso, em uma “manifestação canalha”.
Otoni sugeriu que a esquerda poderia ter interesse na morte de Marielle e alegou que a Polícia Federal não havia apresentado provas suficientes para punir Brazão. Essas declarações provocaram uma resposta imediata de Orlando Silva, que condenou a sugestão como uma “manifestação canalha” e desumana.
O deputado do PCdoB afirmou que Otoni de Paula estava disseminando desinformação ao sugerir que a Polícia Federal não havia solicitado a prisão de Chiquinho Brazão, quando na verdade o pedido foi feito e autorizado pelo juiz competente.
“Antes de me manifestar sobre o parecer, gostaria de repelir uma manifestação canalha do deputado Otoni de Paula. É inaceitável que ele tente imputar aos companheiros de Marielle e Anderson Gomes algum grau de responsabilidade sobre esse crime brutal. Isso é de uma violência que chega ao campo da desumanidade. Imagina o que é Talíria Petrone, Chico Alencar ouvir uma declaração desse tipo?” — questionou Orlando Silva.
Otoni, por sua vez, declarou não haver provas suficientes para manter Brazão preso preventivamente, criticando o conceito de “potencial incriminador” utilizado pela PF. Além disso, ele levantou a questão fundiária como possível motivação para o crime, mencionando um projeto aprovado pelo clã Brazão que foi vetado pelo então prefeito Marcelo Crivella.
Por fim, o deputado insinuou que a esquerda estaria envolvida na morte de Marielle, afirmando que “havia muita gente da extrema-esquerda com interesse” no caso, e que a condenação de alguém seria uma tentativa de atribuir responsabilidade, independentemente da existência de provas.
“O que a gente ouve no Rio de Janeiro é que havia muita gente da extrema-esquerda com interesse na morte da colega Marielle. É por isso que eles querem condenar alguém: não importa se tem prova ou não tem prova”, disse Otoni.
Com informações de O Globo
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!