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Dezenas de milhares de manifestantes participaram, neste domingo (10), da primeira grande marcha climática em Bruxelas desde o início da epidemia de coronavírus. A manifestação ocorre algumas semanas antes da cúpula internacional da COP26, que acontecerá na cidade de Glasgow, na Escócia.
De acordo com uma estimativa da polícia, pelo menos 25 mil pessoas participaram da marcha de três quilômetros que liga a estação Bruxelas-Norte ao Parc du Cinquantenaire. Os organizadores reivindicaram cerca de 70 mil participantes.
"É hora de uma mudança sistêmica com ação radical. Trata-se da sobrevivência da humanidade", disse a ativista climática Anuna De Wever ao canal de televisão VRT.
Quase 80 grupos militantes, unidos sob a bandeira "Coalition climat", convocaram a manifestação, de que também participaram políticos belgas. "O clima é uma questão socioeconômica. Devemos defendê-lo agora, porque não cabe à minha geração pagar a conta", afirmou Conor Rousseau, 28, líder do partido Vooruit, o antigo partido socialista em Flandres.
A manifestação teve um significado especial após as inundações mortais que atingiram a Bélgica em julho. “Os políticos estão morrendo de velhice, Rosa morreu por causa das mudanças climáticas”, dizia uma faixa, referindo-se a uma menina de 15 anos arrastada por um rio na ocasião do desastre natural.
Acordo de Paris
Esta marcha acontece algumas semanas antes da abertura em Glasgow da COP26, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que deve discutir com os diversos governos a manutenção do objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, conforme previsto no acordo climático de Paris de 2015.
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