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A manifestação será no domingo (amanhã), às 11h, na praça Marechal Floriano Peixoto, Centro de Itaboraí - em frente à Prefeitura Municipal de Itaboraí. No mesmo local acontecerá o cívico, em comemoração aos 189 anos da cidade.
Os religiosos pretendem levar atabaques e entoar cânticos dos cultos de matriz africanas.endo confirmados: Ile ase Orisa Ewin Sola (Ase Aldeia), Ile Ase Jagun Ase Ajagunan, Pai Azevedo de Omolu, N'zo, Axé Bambuzal, Pai Gilmar Hughes de Oya, Babalawô Ivanir dos Santos, entre mais 30 instituições religiosas.
O ato foi motivado após o pastor Felippe Valadão atacar religiões de matrizes africanas em evento oficial da prefeitura, ocorrido na última quinta-feira (19). Na ocasião, o religioso se referiu pejorativamente aos umbandistas, como endemoniados e prometeu fechar centros de umbanda na cidade.
O evento foi custeado pela prefeitura, com apresentações de cantores evangélicos que custaram R$ 145 mil, segundo publicado no Diário Oficial da cidade, no dia 23 de abril. Aliás, a família Valadão já se envolveu em outras denúncias por intolerância religiosa, provocadas por André Valadão, que também é cantor gospel.
"O pastor Felippe Valadão, se referiu aos terreiros de umbanda da cidade como bagunça espiritual e também chamou todos de endemoniados. É inadmissível tal crime de intolerância em flagrante ocorrer em nossa cidade e nada ser feito. Nós, líderes das religiões de umbanda e candomblé, tomamos a atitude de registrar ocorrência, tornar público esse crime e também tomar as medidas cabíveis e jurídicas contra esse crime", defende Diego T'Ossoguìan - Babalorixá na Cidade de Itaboraí, fez B.O na 71º DP.
A repercussão provocou uma grande mobilização e denúncias, provindas de entidades religiosas e movimentos, já com 124 RO. O Ministério Público também foi acionado - Nicodemos & Nederstigt Advogados Associados, fizeram uma REPRESENTAÇÃO POR VIOLAÇÃO À LIBERDADE RELIGIOSA. Representando CCIR - Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, em articulação com a sociedade civil para a promoção da Liberdade Religiosa.
"Mais uma coletânea de preconceitos proferida por aqueles que se que dizem falar em nome de Cristo. E ainda outro agravante, custeado com dinheiro público. Temos que denunciar, mobilizar, é preciso cada vez mais fomentar ações voltadas para combate à intolerância religiosa", declarou o Babalawô Ivanir dos Santos.
Outros grupos vem se movimentando com diversas ações de combate à intolerância religiosa, como o Observatório das Liberdades Religiosas (olr.ceaprj.org
Observatório da Liberdade Religiosa O CEAP é membro - fundador da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), faz parte da Frente Nacional Antirracista e, em parceria com diversas instituições, trabalha pela equidade racial por todos os meios possíveis, desde a formação básica até os momentos mais críticos (como o da pandemia do Coronavírus), abastecendo famílias mais vulneráveis, e se fazendo presente ... olr.ceaprj.or |
) - projeto do CEAP, que trabalha com dados a respeito de casos de intolerância religiosa, sugerindo promoção de políticas públicas que exterminem práticas de preconceitos da fé. O OLR tem a CCIR como uma parceira essencial para o desenvolvimento das ações que trabalha. Através de relatórios sobre os casos ocorridos no Estado do Rio de Janeiro, procura orientar e apoiar vítimas frente aos crescentes ataques aos diversos segmentos que ainda passam por tantas execrações.
A reação ao caso reverberou em outros estados. "A Polícia Civil do RJ orienta vítimas de intolerância religiosa a denunciar os casos em delegacia ou pela internet para registrar oficialmente o grande número de crimes praticados em sua grande maioria por evangélicos. É preciso reagir", declarou Pai Sandro de Oxóssi (Sandro Luiz), que traz o espetáculo de São Paulo para o Rio: 'Curador da Alma, Exu a luz do Poder", reforçando e desmistificando o processo de demonização de divindades de religião de matriz africana.
O umbandista Denisson D’Angiles (Instituto CÉU ESTRELA GUIA - SP), também demonstrou indignação: "Até quando vamos sofrer esse tipo de ataque? O trabalho que realizamos é de ajuda ao próximo, de caridade, como não entender isso?", indaga o religioso, que usa a dimensão fundamental do exercício espiritual praticando solidariedade, com a distribuição diariamente de alimentos, e nessa fase, de cobertores e agasalho pelas ruas da grande São Paulo.
Praticantes das religiões de matrizes africanas de todo o Brasil também declararam apoio ao ato.
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