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Manifestantes contra o governo Bolsonaro espalharam milhares notas de “dólares” estampadas com o rosto do ministro Paulo Guedes na sede do Ministério da Economia, em Brasília, na manhã desta 5ª feira (7.out.2021).
Os papéis estavam manchados de “sangue” falso. De um lado, o rosto do chefe da equipe econômica. De outro, o Congresso Nacional.
A manifestação contou com a presença por cerca de 200 pessoas. É realizada em meio à descoberta de offshore do ministro nas Ilhas Virgens Britânicas, reveladas pelo Pandora Papers. O economista nega irregularidade e diz que declarou os investimentos à Receita Federal.
O ato foi organizado por movimentos sociais, sindicatos, estudantes e pela Central Única dos Trabalhadores.
O protesto pede a reprovação da reforma administrativa, enviada pelo governo Jair Bolsonaro no Congresso. A proposta de emenda à Constituição (de nº 32) altera regras para a contratação de futuros funcionários públicos.
Os servidores dizem que o ministro quer “acabar com o serviço público” e lucrar “com a miséria do povo”. Uma série de manifestações são planejadas manter o texto na gaveta do Legislativo.
O ato desta 5ª feira começou do lado direito da Esplanada, às 9h. O grupo atravessou o gramado até a sede do Ministério da Economia, no bloco P. Ao todo, a movimentação durou 2h.
Na ocasião, os manifestarem criticaram a fome, a corrupção e as políticas liberais do governo Bolsonaro.
Foi instalada uma geladeira com “ossos falsos” para similar o aumento da pobreza extrema do país. Diversas notícias relataram ultimamente a alta na busca por ossos por pedaços de carne em açougues nas regiões mais empobrecidas do país.
A revelação de que Guedes mantém empresa em paraíso fiscal serviu para aumentar a pressão sobre ele. “Até deputados do Centrão querem ouvir como Guedes ganha dinheiro com o empobrecimento do país”, disse José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor.
“Paulo Guedes lucra com a alta do dólar, com a queda das empresas”, declarou Antonio Alves, coordenador geral Fasubra. “Guedes tem que pedir para sair. Senão a gente vai derruba-lo”, afirmou.
“Ninguém aguenta mais. Fora Bolsonaro e seus generais”, cantaram os presentes no ato. (Do Poder360 com textos e fotos de Douglas Rodrigues)
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