Março Amarelo: deputada Daniela do Waguinho destaca dificuldades no SUS no oferecimento de tratamento adequado a mulheres com endometriose

Doença atinge cerca de 176 milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, sendo mais de sete milhões somente no Brasil, segundo a OMS.

Março Amarelo: deputada Daniela do Waguinho destaca dificuldades no SUS no oferecimento de tratamento adequado a mulheres com endometriose

Entre os dias 12 e 15 de março, o Congresso Nacional recebe uma iluminação especial na cor amarela, em celebração ao Dia Nacional da Luta contra a Endometriose, comemorado na última quarta-feira (13).

A homenagem partiu da deputada Daniela do Waguinho (União), que também é autora da lei que instituiu a data no Brasil em 2022.

“A existência de uma data dedicada à luta contra essa doença, bem como de uma semana em que os gestores das políticas de saúde pública devem divulgar ações preventivas, terapêuticas e reabilitadoras relacionadas à endometriose, é um instrumento de grande ajuda para milhões de mulheres, com efeitos que se estendem para as suas famílias e para toda a sociedade”, disse Daniela do Waguinho em seu discurso em comemoração à data. 

A deputada destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta desafios para oferecer tratamento adequado para a endometriose devido a questões como falta de especialistas, longas filas de espera para procedimentos cirúrgicos e falta de medicamentos específicos. Além disso, a complexidade da doença e a necessidade de abordagens multidisciplinares dificultam ainda mais o acesso ao tratamento integral pelo SUS.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 176 milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, sendo mais de sete milhões somente no Brasil.

Nos últimos 5 anos, mais de 46 mil mulheres foram internadas no país por endometriose, de acordo com o Departamento do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

"Quando cuidamos da saúde da mulher, estamos olhando para todo um sistema de relações pessoais, sociais e econômicas que não se sustenta quando a sua peça-chave está debilitada", enfatizou a deputada.

E concluiu: "Que nós, mulheres, possamos cuidar da nossa saúde de forma integral. Que não nos faltem tratamentos adequados, que não sejamos condenadas a sofrer dores para as quais a ciência e a medicina já oferecem tratamento."

Por Jornal da República em 15/03/2024
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