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DA REDAÇÃO - A gaúcha Mayra Aguiar conquistou feito inédito na manhã desta quinta-feira (29) após conquistar medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78kg) do judô na Olimpíada Tóquio. A sexta medalha do Brasil veio com a vitória de Mayra contra a sul-coreana Hyunji Yoon, que foi imobilizada por 20 segundos no Nippon Budokan, templo das artes marciais na capital japonesa. A judoca se tornou a primeira mulher a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual. Ela já havia levado o bronze nos Jogos de Londres (2012) e na Rio 2016.
Mayra também se tornou hoje (29) a única judoca brasileira, no feminino e masculino, a subir no pódio em três edições dos Jogos Olímpicos e de forma consecutiva. Fofão, do volêi feminino, também foi medalhista em três edições, mas de forma alternada. Esta foi a 24ª medalha conquistada pelo judô na história das Olimpíadas.
Quem levou a medalha de ouro na categoria até 78 kg foi a japonesa Shori Hamada, que derrotou a francesa Madeleine Malonga, que ficou com a prata. A outra medalha de bronze foi para a alemã Ana-Maria Wagner.
Rumo ao bronze
Na estreia, Mayra Aguiar venceu a israelense Inbar Lanir por ippon aos 40 segundos de combate. Em seguida, nas quartas de final, ela perdeu para a alemã Anna-Maria Wagner após sofrer um wazari. Na repescagem, a judoca de 29 anos (faz 30 em 3 de agosto) derrotou Aleksandra Babintseva, do Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês) em luta que foi definida com a adversária tomando três penalidades (Shido), enquanto Mayra levou apenas uma.
O primeiro judoca brasileiro a subir ao pódio em Tóquio foi Daniel Cargnin, de 23 anos, na categoria meio-leve (até 66kg). No último domingo (25) ele também faturou o bronze ao derrotar o israelense Baruch Shmailov.
O árduo caminho até a conquista
A trajetória até as Olimpíadas 2020 sofreu um baque em setembro do ano passado, quando ela precisou passar por uma cirurgia no joelho esquerdo. Ela retornou às disputas no Mundial realizado em Budapeste, na Hungria, e foi eliminada na segunda rodada.
Mesmo assim, Mayra conseguiu se recuperar a tempo de disputar sua quarta Olimpíada - ela também competiu em Pequim-2008, com uma derrota na estreia da categoria até 70 kg. “Estou bem emocionada mesmo. Acho que é a conquista mais importante para mim”, disse, à TV Globo, logo após conquistar o bronze.
“Foi bem difícil esses últimos anos, esses últimos tempos. Tem que superar, e tem que superar de novo, e de novo… não aguentava mais fazer cirurgia, estava muito cansada. É muito desgastante passar por tudo isso, ainda mais no momento que a gente estava vivendo”, lembrou a judoca. (Com Agência Brasil)
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