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Uma multidão vestindo verde e amarelo se concentrou próximo à Praça Brasil, na Avenida São Paulo, no bairro Coreia, em Mesquita, no último final de semana. A convocação foi feita pelo candidato a prefeito da cidade, Gelsinho Guerreiro (Republicanos 10) da Coligação Mesquita Livre, através de suas redes sociais. GG, como também é conhecido, disse que o ato foi em protesto a ausência dos desfiles cívicos escolares do Dia da Independência do Brasil, que não acontecem mais no município, há oito anos, desde a posse do atual governo.
O evento teve o canto do Hino Nacional. Com a cara pintada, também de verde e amarelo e usando um microfone, Guerreiro andou nas ruas do bairro, fez críticas à administração municipal e foi saudado pelos moradores em clima de emoção, em cada esquina por onde passou discursando. “Esse governo vem tirando a paz do trabalhador, com ações na Justiça por dívida com IPTU, confiscando casas, contas bancárias, de uma maneira injusta e covarde. Em atos de tirania tirou também o exercício da cidadania, da democracia, o direito à cultura e a alegria da população. Isso vai acabar. Já deu!”, disparou.
Desfile cívico reunia famílias
Gelsinho estava em companhia de sua família, da candidata a vice-prefeita, a professora Cris Gêmeas, e dos candidatos da coligação. Em um de seus discursos lamentou o descaso com o setor cultural da cidade. “Além da ausência do desfile cívico que reunia famílias, alunos de escolas públicas e particulares, Polícia militar, Bombeiros e Exército, o município também perdeu outros eventos culturais que eram realizados no meu governo e em governos anteriores como a festa da cidade, do Dia do Trabalhador, Carnaval, Marcha para Jesus e Festa Junina. O paço municipal, que era palco desses eventos, agora virou estacionamento de ônibus, caminhões e automóveis. Não há mais pais com seus filhos andando de bicicleta, skate e soltando pipas. Por falta desse descaso, o comércio deixou de crescer”, ressaltou.
Abraços e saudações dos moradores
A caminhada pelas ruas do bairro emocionou o candidato. Guerreiro chorou. A cada parada, em cada discurso, abraços e saudações de moradores que saíram de suas casas para abraçá-lo. “Ele fez muito pelo bairro. Ninguém me contou. Eu vi. É um homem muito simples, do povo mesmo. Por duas vezes, ele veio aqui e lavou a minha calçada e dos vizinhos também. Estavam sujas de lama por causa de um temporal. Qual prefeito faz isso? Estou muito feliz em saber que ele será nosso prefeito novamente. Vou esperar ele passar aqui para abraçá-lo”, declarou Tânia Maria da Silva, que mora no bairro há 64 anos.
Servidores pressionados
Na esquina da Rua Paris, Guerreiro abominou e classificou o governo municipal como “opressor”. Ele disse: Esse governo vem agindo de maneira opressora contra as pessoas. Professores e funcionários da Educação não podem mais comer na escola com os alunos. A ordem é colocar creolina e cloro e jogar fora. Os servidores concursados são perseguidos e nem mesmo os ocupantes de cargos comissionados escapam. Esses são obrigados a participar das campanhas eleitorais do seu candidato. Feirantes têm que pagar R$ 20 pela ocupação do espaço”, comentou. “Os que vendem carne, peixe e frango pagam R$ 100 para vender na feira. Os comerciantes também recebem ameaças e são obrigados a pagar taxa de publicidade. Famílias que vivem no trecho junto à ferrovia, há quase 80 anos, que têm concessão da Rede Ferroviária, estão sendo expulsas, em atos covardes de insultos, ofensas e ameaças. Muitos moradores que têm dívidas com IPTU respondem ações judiciais movidas pelo governo municipal. Muitas casas leiloadas, contas bancárias confiscadas. São relatos que ouço por onde passo”, declarou.
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