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O Metaverso, anunciado há pouco tempo está aguçando a curiosidade do universo da mídia eletrônica, reunindo de curiosos a especialistas no segmento, ávidos em conhecer de perto e saber como vai ser o futuro das redes sociais. O projeto visa unir a realidade virtual à realidade aumentada.
O Metaverso, anunciado há pouco tempo, está aguçando a curiosidade do universo da mídia eletrônica, reunindo de curiosos a especialistas no segmento, ávidos em conhecer de perto e saber como vai ser o futuro das redes sociais. O projeto visa unir a realidade virtual à realidade aumentada.
Essa mescla de mundos passará ser a tendência das redes sociais e um novo planeta digital passaria a existir, é o que garante seus idealizadores. O conteúdo reúne espaços múltiplos que poderão ser acessados através de uma variedade de dispositivos. Assim, o usuário pode utilizar a plataforma utilizando óculos de realidade aumentada, dispositivos de realidade virtual, além de celular, tablet e computador.
O termo “metaverso” surgiu em 1992, com a obra de Neal Stephenson chamada “Snow Crash”. Esta obra sincroniza realidade e ficção através de um jogo de história onde um entregador de pizza na vida real é um samurai no universo virtual chamado “metaverso”.(1) A idéia do livro de ficção científica configurou muitos jogos como Second Life, Roblox, Fortnite e Minecraft. Neles, mundos de realidade paralela unem jogadores que podem socializar e recriar vidas paralelas. Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook. Internet caótica incompatível para o Metaverso?
Para o jornalista e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI é preciso analisar o campo de atuação da nova tecnologia, que entrará no cenário, que neste momento não se apresenta com sinais uniformes, estáveis, sendo incapaz de sustentar demandas de imagens, quando as redes, não suportam o acessos em massa e causam quedas abruptas e repentinas, a exemplo do que ocorre nos tribunais brasileiros, e sites de consultas, onde o sistema eletrônico é caótico e sistematicamente inútil.
“Se o sinal de internet ainda é um jaboti eletrônico, penso que o metaverso, com toda sua impetuosa tecnologia de plataforma, aqui no Brasil, certamente encontrará muita dificuldade de acesso e estabilidade” – avaliou.
Da realidade a ficção um caminho sem volta
Em 2021 modificou o nome da sua empresa para Meta Platforms, pois acredita que o metaverso é o futuro da internet e da tecnologia. E pretende focar na construção desse universo para o mundo real. Além disso, a Microsoft também está investindo na idéia em que o mundo necessitará obrigatoriamente estar conectado.
A expressão usada quando antigos computadores Macintosh travavam de forma que a CPU começava a desenhar pontos aleatórios no monitor, criando um efeito similar a uma tempestade de neve (um snow crash). Nesse livro, os personagens se situam em um tipo específico de mundo virtual acessado por meio de uma rede de computadores e interagem entre si por uma figura representativa também virtual, chamada de avatar. E foi aí que, pela primeira vez, essa existência teórica, virtual, foi chamada de metaverso.
“Se o sinal de internet ainda é um jaboti eletrônico, penso que o metaverso, com toda sua impetuosa tecnologia de plataforma, aqui no Brasil, certamente encontrará muita dificuldade de acesso e estabilidade”
A privacidade de dados poderá estar ainda mais em risco no metaverso?
Para Carolina Terra, (expert em tecnologia da Comunicação) todos os problemas que já temos em redes sociais estarão presentes no metaverso, como predição de comportamento e privacidade zero. "Tudo o que fizermos dentro desses ambientes será facilmente rastreado e, provavelmente, os dados serão utilizados sem o nosso consentimento", considera.
Já Elizabeth Saad Corrêa, Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA?USP), também ouvida pela Domestika(2), lembra:
"O usuário imerso na virtualidade tende a expor mais a barreira do privado, deixando um sistema digital entrar na sua 'casa' e coletar dados, percepções e sentimentos. Isso quase que sem limites por conta do encantamento do mergulho virtual. Com isso, a ética é quebrada. Falamos de uma ética algorítmica que funciona com regras próprias que, em geral, não são legitimadas como um consenso na sociedade".
Ricardo Laganaro, por sua vez, tem esperança que, por conta da experiência que tivemos com a internet e seus problemas, causados por falta de uma referência do que deve ser feito, o metaverso possa vivenciar uma construção mais sadia, open source e responsável.
(1)https://blog.simply.com.br/metaverso-o-que-e/
(2)https://www.domestika.org/pt
Núcleo de Conteúdo: ANIBRPress/Por: Roberto Monteiro Pinho/Imagem:
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