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Mianmar vive um cenário de devastação após ser atingido por um terremoto de magnitude 7,7, que já causou mais de 1.000 mortes e pode ter consequências ainda mais graves. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o país corre alto risco de sofrer liquefação do solo e deslizamentos de terra, ameaçando milhares de pessoas e estruturas.
O mais forte em mais de um século
O terremoto registrado em março de 2025 é considerado o mais potente a atingir Mianmar em mais de 100 anos. Segundo estimativas do USGS, o último tremor de magnitude semelhante ocorreu em 1912, na cidade de Taunggyi, localizada no centro-leste do país.
Além das vítimas em Mianmar, a Tailândia também foi impactada pelo abalo sísmico e contabilizou até o momento 10 mortes.
Risco de liquefação ameaça milhares
A liquefação do solo pode afetar até um milhão de pessoas no país, segundo o USGS. Esse fenômeno ocorre quando solos soltos e saturados perdem sua resistência devido à vibração dos tremores, fazendo com que se comportem como um líquido.
Os impactos podem ser severos: edifícios podem inclinar ou afundar, a superfície do solo pode sofrer deformações permanentes e jatos de areia e água podem emergir em fenômenos conhecidos como “vulcões de areia”. Embora a liquefação seja destrutiva para infraestrutura, sua relação direta com mortes tem sido menor do que a de deslizamentos de terra.
Deslizamentos de terra também preocupam
Além da liquefação, o terremoto aumentou significativamente o risco de deslizamentos de terra em uma área de até 1.000 km², podendo afetar entre 1.000 e 10.000 pessoas. O USGS alerta que esses eventos costumam ocorrer em regiões montanhosas e podem provocar mortes, ferimentos e destruição.
Os deslizamentos incluem quedas de rochas, avalanches de detritos e escorregamentos de terra. O perigo pode persistir por anos, já que as encostas, fragilizadas pelo tremor principal, podem ceder em abalos secundários.
Impacto devastador
Além dos danos físicos, o terremoto liberou uma quantidade massiva de energia, comparável a 334 bombas atômicas, segundo especialistas. Enquanto Mianmar encara os desafios da reconstrução e assistência às vítimas, a Tailândia já declarou que a situação está sob controle, segundo o primeiro-ministro do país.
As autoridades continuam monitorando os riscos e trabalhando para minimizar os impactos da tragédia, enquanto a população enfrenta as consequências de um dos terremotos mais destrutivos da história recente de Mianmar.
Fonte: CNN
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