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Em entrevista ao UOL News nesta sexta-feira (1º de novembro), o ministro da Defesa, José Múcio, expôs sua visão sobre a responsabilização dos envolvidos nos atos de vandalismo e incitação à indisciplina dentro das Forças Armadas, ocorridos no contexto do dia 8 de novembro. janeiro. Múcio destacou a importância de diferenciar as punições de acordo com a gravidade dos atos cometidos, defendendo a anistia para casos menos severos e criticando os militares que promoveram a desordem interna.
Segundo o ministro, deve-se “graduar as penas”, observando que a Justiça deve tratar de maneira distinta aqueles que apenas participaram de maneira marginal dos atos, como danificando bens públicos, e os líderes que incitaram atos mais graves. “Quem cortejou uma cadeira não pode ser responsável por quem fez outras coisas”, exemplificou ele, frisando que a proteção deve ser aplicada de forma justa e não politizada.
Para o ministro, o Congresso propôs a possibilidade de anistia para atos de depredação pública, mas ele ressaltou que a situação dos oficiais que promoveram a quebra de disciplina é mais grave. “Esses oficiais jogaram como tropas contra os comandantes. Isso é uma coisa gravíssima”, afirmou, afirmando que a responsabilidade individual dos envolvidos precisa ser avaliada em profundidade.
Múcio ainda destacou a importância das Forças Armadas em conter ações que poderiam ter culminado em um golpe de Estado. Ele destacou que, sem a postura responsável das Forças Armadas, o cenário poderia ter se tornado “muito complicado no dia 8 de janeiro”. Afirmando o compromisso do Exército, da Marinha e da Aeronáutica com a legalidade, o ministro destacou: “O Exército é a favor de que [os infratores] paguem”, reforçando que as Forças Armadas desejam preservar sua imagem e não permitir que ações de algumas contaminem a comissão das instituições.
Questionado se a anistia englobaria o ex-presidente Jair Bolsonaro, Múcio respondeu negativamente, sublinhando que as investigações devem se concentrar nos reais responsáveis ??e financiadores das ações golpistas. "Quero que a suspeita saia do CNPJ das armas e vá para o CPF. Quero que cada um se responsabilize por sua iniciativa", concluiu o ministro, reafirmando seu compromisso com uma apuração individualizada e justa.
Fonte: urbsmagna
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