Ministro Flávio Dino do STF suspende pagamentos a ONGs após fiscalização da CGU

Ministro Flávio Dino do STF suspende pagamentos a ONGs após fiscalização da CGU

  O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou nesta sexta-feira (3) a suspensão dos pagamentos de emendas parlamentares a 13 organizações não governamentais (ONGs) após investigações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão ocorre em meio às polêmicas levantadas pela série de reportagens do UOL intitulada "Farra das ONGs".

Entenda o caso

A medida de Flávio Dino inclui uma auditoria detalhada nas 13 ONGs mencionadas. O ministro concedeu um prazo de 60 dias para a CGU apresentar um relatório técnico com os resultados da fiscalização. A iniciativa visa assegurar transparência na aplicação de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares.

Segundo a CGU, nove dessas organizações apresentaram informações incompletas. Essas ONGs serão intimadas e terão dez dias para adequar-se aos critérios de transparência, o que inclui a publicação, em plataformas online, dos valores recebidos por meio de emendas parlamentares.

Medidas adicionais

Além da suspensão, as ONGs serão cadastradas no Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e na lista de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM). A inclusão nesses sistemas visa identificar e prevenir novas irregularidades.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também foi acionada para comunicar os ministérios sobre a proibição de novos pagamentos. A AGU tem cinco dias para informar as pastas competentes.

A fiscalização

A investigação sobre as emendas parlamentares destinadas a ONGs teve início após a publicação de reportagens pelo UOL. A série "Farra das ONGs" revelou que sete organizações receberam um total de R$ 455 milhões entre 2021 e 2023. Esses recursos foram destinados a projetos esportivos e de capacitação profissional financiados por emendas de pelo menos 33 parlamentares, a maioria do estado do Rio de Janeiro.

Lista das ONGs envolvidas

As organizações mencionadas incluem:

  • Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social (Ibras);

  • Instituto Besouro de Fomento Social e Pesquisa;

  • União Brasileira de Educação e Assistência;

  • Coppetec (Fundção Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos);

  • Funape (Fundção de Apoio e Pesquisa);

  • Fundação Faculdade de Medicina;

  • Fade-UFPE (Fundção de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco);

  • Fundape (Fundção de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária do Acre);

  • Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos;

  • Instituto Praxis de Educação, Cultura e Ação Social;

  • Instituto de Câncer de Londrina;

  • Fapur (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro);

  • FEC (Fundação Euclides da Cunha) da UFF (Universidade Federal Fluminense).

A decisão de Flávio Dino marca um importante passo na busca por maior controle e responsabilidade sobre os recursos públicos destinados a ONGs, reforçando a importância da transparência e da prestação de contas na gestão dos fundos públicos.

 

Fonte: Uol

Por Jornal da República em 05/01/2025

Comentários

  • Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Notícias Relacionadas

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe casamento homoafetivo
10 de Outubro de 2023

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe casamento homoafetivo

STF nega liberdade a presos após atos de 8 de janeiro
17 de Janeiro de 2023

STF nega liberdade a presos após atos de 8 de janeiro

Viralizou vídeo de famosos pedindo voto para delegada e é negado  pedido de relaxamento da prisão da Adriana Belém
12 de Maio de 2022

Viralizou vídeo de famosos pedindo voto para delegada e é negado pedido de relaxamento da prisão da Adriana Belém

 'barraco no Leblon' envolvidos aceitam acordo para encerrar ação penal
06 de Agosto de 2021

'barraco no Leblon' envolvidos aceitam acordo para encerrar ação penal

Aguarde..