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A mobilização pelo Feminicídio Zero chegou na sexta-feira (18/10) ao estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG, na partida entre Cruzeiro e Bahia, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao representar a ministra Cida Gonçalves, Macaé Evaristo, titular dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), chamou atenção para o fato de que a mobilização de times de futebol alcança considerável parte da população do país.
“É uma agenda para a gente romper com números assustadores de crescimento da violência contra a mulher. Para isso, é preciso uma grande conscientização da sociedade sobre os direitos e a defesa das mulheres”, enfatizou a gestora ao longo da partida, que teve os times do Cruzeiro e Bahia comprometidos com a pauta, ampliando a divulgação do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.
Coordenadora da campanha pelo Ministério das Mulheres, Lucimara Cardozo reforçou que em dias de jogo os boletins de ocorrência revelam crescimento da violência contra as mulheres em mais de 23%.
“É um espaço que tem muitos homens. Por isso, os clubes de futebol são lugares onde encontramos a maneira de chegar a esse público”, contou Cardozo ao confirmar que 10 clubes já assinaram a carta-compromisso da articulação pelo fim do feminicídio, a fim de conscientizar jogadores e torcedores.
CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos reforçou a importância social que o futebol exerce no país ao integrar a mobilização. “A humanidade tem que conseguir encerrar [violações de direitos contra mulheres] e evoluir”, classificou. “Com isso, o time se compromete a realizar ações de educação, conscientização e prevenção contra a violência e a discriminação de gênero”, publicou o Cruzeiro por meio das redes sociais.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país.
Mobilização nacional
Lançada em agosto em Brasília com o mote “Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, a mobilização pelo Feminicídio Zero tem estado presente nos estádios com faixas em campo levada pelos jogadores, selo do Feminicídio Zero e do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher – nos uniformes, exibição do vídeo da campanha nos telões do estádio, entre outras ações.
Além da partida desta sexta-feira (18) no Mineirão, as ações do Feminicídio Zero já ocorreram durante a final do Campeonato Brasileiro Feminino entre Corinthians e São Paulo em 22 de setembro; e nas seguintes partidas das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana: Vasco e Fluminense e Flamengo e Palmeiras no fim de semana de 10 e 11 de agosto; Remo e Londrina e Botafogo e Flamengo no fim de semana de 17 e 18 de agosto; Corinthians e Bragantino em 20 de agosto; Corinthians x Kindermann (feminino) em 21 de agosto; Fortaleza e Corinthians em 25 de agosto; Ceará e Novorizontino e Paysandu e Mirassol em 26 de agosto; e Flamengo e Vasco em 15 de setembro.
A mobilização também conta com o apoio de artistas, influenciadores digitais, formadores de opinião, empresas públicas e privadas, ministérios, movimentos sociais, organizações não governamentais, entre outros parceiros.
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