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DA REDAÇÃO - A ação dos grupos investigados no inquérito dos atos antidemocráticos tem um problema de origem semântica. Conservadores, como eles se apresentam, conservam, o que não é o caso desses coletivos que pregam o fechamento do STF, do Congresso Nacional, Intervenção Militar e ação armada como forma de resolver os impasses políticos em um ambiente democrático, o que é inconstitucional.
Não se sabe se a autodenominação é por ignorância ou desinformação, mas o fato concreto é que a pedido da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Banco Central bloqueie uma conta vinculada ao ato contra a democracia marcado para o próximo dia 7 de setembro.
O cantor Sérgio Reis, o caminhoneiro Zé Trovão, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e outros oito investigados foram alvos, nesta sexta-feira (20/8), de mandados de busca e apreensão.
“[Determino] a expedição de ofício ao Banco Central para o bloqueio da chave PIX 7desetembro@portalbrasillivre.com, bem como da conta a qual a referida chave se encontra vinculada, nos termos requeridos pela Procuradoria Geral da República, com envio a esta Corte, no prazo de 24 horas, das informações pertinentes”, assinalou Moraes.
A chave foi divulgada no site Brasil Livre, que diz ser um espaço de “reflexão e ação da direita conservadora na internet”.
Além da distorção do termo ‘conservador’, o grupo incorre em outra deformação ao se auto intitular como ‘cristão’. Segundo o site do grupo, o dinheiro cai na conta da Coalização Pro-Civilização Cristã. “São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão, possivelmente patrocinada por Antonio Galvan e amplamente divulgada por Wellington Macedo e por sua Marcha para a Família”, assinalou a PGR, segundo a decisão de Alexandre de Moraes.
O presidente da coalização, Alexandre Urbano Raitz Petersen, também foi alvo da ação desta sexta-feira e não poderá, inclusive, se aproximar da Praça dos Três Poderes, de ministros do STF e de senadores.
Segundo o Brasil Livre, o ato de 7 de setembro é organizado pela Associação Brasileira dos Patriotas (Abrapa) e pela Coalizão da Direita Conservadora (Codac), “grupos apartidários de organização da sociedade civil”. Eles pedem o impeachment, destituição e/ou exoneração dos ministros da Suprema Corte e voto impresso “auditável”.
Para isso, organizam um acampamento em Brasília e paralisação dos caminhoneiros para “exigir o cumprimento das pautas”.
Além de Sérgio Reis, Otoni de Paula e Zé Trovão, foram alvos da ação Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.
Moraes também determinou a expedição de ofícios ao Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, para que as redes sociais bloqueiem os perfis dos investigados. (Com informações do site Metrópoles)
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