Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
DA REDAÇÃO - Depois de se revoltar com pedido de prisão de Roberto Jefferson, advogado e presidente do PTB, por ameaçar e incitar a violência como forma de resolução de conflitos políticos, o presidente da República Jair Bolsonaro disse que vai pedir ao Senado a abertura de processo de impeachment de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, mas ambos não se abalaram.
Em conversa na manhã deste sábado (14/08) sobre a ameaça feita por Jair Bolsonaro, a leitura dos dois ministros do STF é que o presidente mais uma vez tenta intimidar a Suprema Corte, mas dificilmente terá sucesso. Acreditam que a resposta virá do Senado, com Rodrigo Pacheco não aceitando os pedidos e senadores reagindo à altura da tentativa de intimidação.
Principal personagem que ameaça a democracia diariamente desde que ingressou na política e que intensifica seus objetivos a partir da sua eleição, o presidente Jair Bolsonaro mais uma vez usa a ‘lógica da inversão dos fatos’ para subverter a lógica e confundir a opinião pública.
"Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais. Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que instaure um processo sobre ambos, de acordo com o art. 52 da Constituição Federal", postou Bolsonaro, no Twitter.
E prosseguiu, como se não fosse ele o principal elemento desestabilizador da nossa frágil democracia reconquistada após 21 anos de ditatura militar.
"Lembro que, por ocasião de sua sabatina no Senado, o Sr. Alexandre de Moraes declarou: 'reafirmo minha independência, meu compromisso com a Constituição, e minha devoção com as LIBERDADES INDIVIDUAIS.' O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art. 5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los", concluiu Bolsonaro, esquecendo ele próprio o juramento que fez.
Cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidir se abre ou não um processo de impeachment contra qualquer ministro do STF. (Com informações de Guilherme Amado, do Metrópoles)
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!