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Um protesto contra a situação econômica da população brasileira acontece em frente à Bolsa de Valores de São Paulo na tarde desta terça-feira (21). São realizadas ao todo 15 marchas de protesto em vários locais da capital contra a carestia e por emprego e comida. Organizados pela Central de Movimentos Populares (CMP), as manifestações ocorrem em formato de marchas e próximos de supermercados, em bairros da periferia e na região central da Cidade de São Paulo.
O movimento acredita que a iniciativa poderá representar a retomada do movimento contra a carestia, que ocorreu no final dos anos 70 e início dos anos 80, quando cresceram no país o desemprego e carestia e a fome, decorrentes da alta da inflação. As lideranças da entidade avaliam que hoje, a situação é mais grave que naquela época.
“A ideia desse movimento, que estamos chamando de marcha por emprego, contra a carestia e a fome é para chamar atenção para esse enorme problema que atinge milhões de pessoas sobretudo nas periferias, as mulheres e o povo negro. E denunciar as verdadeiras causas que são a concentração de renda, de poder, o sistema capitalista, em que uns lucram e outros não têm condições sequer de se alimentar”, afirma Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.
Os participantes dos protestos levam panelas, ossos, faixas e cartazes para chamar a atenção a respeito das crises social e econômica que assolam milhões de pessoas. Ao final de cada marcha será lida uma carta aberta à população que denuncia e alerta para a profunda desigualdade social no país. Raimundo Bonfim explica que o objetivo das marchas que fecham o ano é também “aumentar a esperança de melhores conquistas e vitórias para o povo brasileiro em 2022”.
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