Mudança de postura: Hamilton Mourão agora defende investigações militares sobre tentativa golpista

Ex-vice-presidente pede apuração imparcial e destaca importância de condução adequada dos casos

Mudança de postura: Hamilton Mourão agora defende investigações militares sobre tentativa golpista

  Em uma mudança significativa de discurso, o senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente do governo Bolsonaro e representante do Republicanos-RS, alterou sua posição em relação à conduta de militares envolvidos na tentativa golpista de 8 de janeiro. Anteriormente, Mourão chegou a pedir uma reação militar contra o Supremo Tribunal Federal. No entanto, em uma entrevista ao Estado de S. Paulo, ele agora defende que as investigações sejam conduzidas pela Justiça Militar, argumentando que o Exército brasileiro deveria ter iniciado investigações há mais tempo para apurar as suspeitas de ações golpistas.

A declaração do ex-vice-presidente ocorreu após a operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que busca esclarecer alegações de tentativas de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mourão enfatizou a importância de que as investigações envolvendo militares suspeitos de crimes relacionados a atividades golpistas sejam conduzidas de forma adequada. Ele destacou a necessidade de imparcialidade nessas investigações, sugerindo que alguns indivíduos ligados às Forças Armadas poderiam ter cometido delitos em função militar.

Destinar as investigações sobre militares à Justiça Militar implica retirá-las do âmbito do Supremo Tribunal Federal, conforme mencionado pelo senador. Essa mudança de abordagem de Mourão ressalta a complexidade do cenário político atual e a importância de garantir a transparência e a imparcialidade na investigação de casos tão delicados como os envolvendo atividades golpistas e membros das Forças Armadas.

Como os desdobramentos continuarão a surgir, é fundamental acompanhar atentamente as investigações e os posicionamentos dos envolvidos, a fim de entender melhor as nuances desse momento político e as possíveis implicações para o país.

 

Fonte: Brasil247

Por Jéssica Porto

 

 

Por Jornal da República em 09/02/2024
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