Mulher detida por mordidas em Camarote na Sapucaí vai responder em liberdade

Na noite de terça-feira (4), a Guarda Municipal do Rio de Janeiro prendeu em flagrante Danielle Buenaga de Azevedo, acusada de atacar frequentadores de um camarote na Marquês de Sapucaí com mordidas. O caso ocorreu no setor 5 do Sambódromo, durante o Carnaval.

De acordo com a Polícia Civil, Danielle foi levada para a 6ª DP (Cidade Nova) e autuada pelos crimes de lesão corporal, resistência e desacato. Após audiência de custódia, a Justiça concedeu a liberdade provisória mediante cumprimento de medidas cautelares. A acusada deve manter distância mínima de 300 metros das supostas vítimas, comparecer mensalmente em juízo e não pode deixar a comarca onde reside.

Versões divergentes

A Guarda Municipal afirmou que Danielle apresentava sinais de embriaguez e resistiu à abordagem, chegando a tentar morder os próprios agentes. Nenhum guarda ficou ferido.

Já a defesa da acusada nega a versão da Guarda e alega que ela foi vítima de uma abordagem truculenta. Segundo o advogado Carlos André Franco M. Viana, Danielle sofreu "graves lesões" durante a ação policial e precisou de atendimento médico, inclusive sendo submetida a uma tomografia.

O advogado sustenta que o problema começou quando Danielle tentou reingressar no camarote, mas foi impedida por uma falha no sistema de reconhecimento facial. Ao insistir no acesso, agentes da Guarda Municipal teriam intervindo de forma desproporcional, aplicando um golpe de imobilização e algemando-a.

A defesa também aponta irregularidades na condução do caso, como a ausência de câmeras corporais nos agentes envolvidos e a falta de identificação de vítimas que teriam sido mordidas. "Conclui-se que houve a criação de um factoide para esconder as diversas ilegalidades perpetradas contra uma mulher vítima de violência", afirmou o advogado.

A Justiça ainda deverá analisar as provas do caso e determinar se a acusada será absolvida ou responderá a um processo criminal.

 

Fonte: G1