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Nesta quarta(24) o jornal britânico DailyMail publicou uma matéria sobre a história, uma mulher britânica chamada Sharon Maxwell que foi até a Turquia para fazer cirurgia Rinoplastia e facelifting, mas Infelizmente, ela acabou enfrentando graves problemas após a cirurgia, deixando-a com um buraco na orelha porque os médicos não conseguiram suturar a região.
Foto: Sharon Maxwel / Reprodução - Redes Sociais
Segundo a reportagem, Sharon Maxwell, 39, decidiu viajar para a Turquia para realizar a cirurgia devido a seu custo ser menor em relação aos valores cobrados, ela contou em sua entrevista ao site britânico DailyMail que no local testemunhou muitas cirurgias horrivelmente mal feitas que levaram algumas pessoas a quase morrerem na mesa cirúrgica.
Sharon disse ao site britânico que os cirurgiões não realizaram a plástica no nariz solicitada porque ela parecia a mesma de antes da operação, Ela acrescentou: “Eu tomei minha anestesia no corredor, não sabia que eles estavam me dando um anestésico, não me avisaram e deixaram com um "buraco" sob a orelha, onde os médicos não conseguiram retirá-la adequadamente".
"Eles não fizeram nada, eles me abriram e fizeram um lifting de pele na lateral do meu rosto e me deixaram com um buraco na parte de trás da minha orelha. Eles não ocuparam nenhum músculo nem nada. Não senti nenhuma dor quando acordei e percebi que definitivamente a rinoplastia não foi feita. Eu conseguia respirar perfeitamente bem e eles não tiravam o gesso nem me mostravam meu nariz até que eu chegasse em casa, parecia o mesmo que era, não havia mudança". Disse Sharon Maxwell ao DailyMail.
Ela, relatou ainda que, o atendimento prestado foi "absolutamente chocante" e que as mulheres entram e saiam da cirurgia "como uma porta giratória". Então, depois de tudo isso Sharon Maxwell faz campanhas on-line para divulgar os perigos de ir para o exterior para fazer uma cirurgia plástica.
Entrevistamos o professor em cirurgia plástica que também é chefe da Divisão de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Unirio, Ricardo Cavalcanti, para explicar o que provavelmente pode ter ocorrido.
Para o professor Ricardo Cavalcanti, que também é membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica,“ o Brasil é um importante centro de turismo médico especialmente em cirurgia plástica e se destaca pela cultura de turismo de ensino e procedimento médico, trazendo receitas significativas para o país. No entanto, é importante verificar a qualidade do serviço em outros países, como na Turquia, onde essa moça Sharon relatou ter feito pagando 7 mil libras com cirurgia e hospedagem, bastante delicado a gente comentar algo que não vimos, são relatos dela, toda cirurgia tem seus riscos e por isso é necessário pesquisar muito bem a qualificação do médico-cirurgião plástico, em algumas ocasiões a pessoa nem é médica muito menos cirurgião plástico”.
“Às vezes o paciente quer fazer cirurgia plástica e busca pelo médico que faz o valor mais baixo em outros países é bastante comum, é necessário avaliar algumas questões como: referências, experiência clínica, perguntar o máximo possível e não se iludir indo pelo simples valor da cirurgia. Em resumo, se fizer cirurgia plástica no Brasil ou no exterior é necessário considerar estes apontamentos”, ressaltou Ricardo Cavalcanti.
O pós-operatório adequado também é muito importante uma vez que cirurgias mais complexas é recomendado deixar o paciente em observação em pelo menos 24 horas.
Professor Ricardo Cavalcanti finaliza “Os EUA são o número 1 em cirurgia plástica e o Brasil ocupa a segunda posição além de ser referência em uma vez que a qualificação para ter o registro de cirurgia plástica são bastante rigorosos, operamos muito porque nosso país é tropical e as mulheres são exigentes com seus corpos, inclusive eu estou com 2 alunos latinos da residência em cirurgia plástica da UNIRIO em Porto Rico, participando justamente de um evento de turismo médico, não podemos achar que o problema está em viajar para outro país para fazer uma cirurgia, eu operei muitas pacientes oriundas de outros países assim como colegas meus do Brasil e exterior também operam pacientes estrangeiros, como falei anteriormente é necessário pesquisar muito bem quem será o médico que vai operar tanto no Brasil como no exterior”.
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