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A Prefeitura de Maricá foi destaque em artigo sobre economia circular publicado no blog Gestão, Política e Sociedade, do jornal O Estado de S. Paulo, no dia 9 de março. Em “Bancos comunitários municipais: articulando renda básica com moeda local digital”, o professor da FGV e pesquisador do Centro de Microfinanças e Inclusão Financeira, Eduardo Diniz, e o coordenador da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, Joaquim Melo, citam o exemplo da moeda social Mumbuca.
O texto destaca a iniciativa como ferramenta fundamental e bom exemplo para que a economia do município continuasse em constante crescimento durante toda a pandemia, na contramão de cidades em que o comércio foi fortemente afetado e o desemprego cresceu.
Em comparação com outras cidades brasileiras que implantaram moeda social, Maricá alcançou os melhores resultados, repassando aos beneficiários R$ 26 milhões neste mês (março de 2022). O saldo positivo se deve à determinação do governo municipal em realizar o pagamento de quatro programas sociais em Mumbuca: Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), Renda Básica da Cidadania (RBC), Programa de Amparo ao Emprego (PAE) e Fomenta Maricá, apoiando, assim, a população no seu desenvolvimento.
Ao todo, são 12.608 microempreendedores locais e pequenos negócios credenciados no banco comunitário, que recebem e movimentam Mumbuca, fora as grandes empresas que recebem dos beneficiários, somando cerca de 18 mil estabelecimentos cadastrados na cidade. Afinal, apenas comerciantes podem trocar a moeda social local (Mumbuca) pela moeda nacional (Real), realizando o pagamento de uma taxa simbólica.
Movimentação da economia em benefício de todos
A contrapartida aos beneficiários é que a moeda deve ser utilizada no comércio da cidade. Assim, de R$ 415 milhões gerados em Maricá em 2021, R$ 262 milhões foram gastos nos estabelecimentos cadastrados, R$ 150 milhões foram usados em pagamentos de boletos e menos de 5% foi resgatado em Real por comerciantes, o que fortaleceu ainda mais a economia maricaense e garantiu a manutenção de empregos.
Maricá foi a primeira cidade a instituir sua própria moeda social, em 2013, e comemorará no ano que vem sua primeira década, estabelecendo-se como a de mais credibilidade em circulação ininterrupta do Brasil. Desde sua implantação, esse exemplo de moeda social atrai olhares, tanto nacional quanto internacionalmente, tendo sido copiado por cidades vizinhas, como Niterói e Cabo Frio, que lançaram suas moedas em 2021 e, em breve, também será inserida na economia de Itaboraí, com o nome de Pedra Bonita; e de Saquarema, chamada Saqua.
O artigo menciona, ainda, que o programa já inspira pesquisadores e gestores públicos do Brasil e de outros países na busca do seu melhor entendimento.
“Adoção de programas de transferência de renda municipal como moeda social local e digital por um número crescente de municípios certamente ajudará no aperfeiçoamento de seus processos regulatórios, tecnológicos e operacionais, contribuindo com a agenda da economia solidária na solução de problemas críticos do país”, preveem os autores no texto.
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