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Boas notícias ecoam da Quinta da Boa Vista: o Museu Nacional, um dos maiores símbolos da ciência e da cultura no Brasil, se prepara para reabrir suas portas ao público. Após o incêndio devastador de 2018 que destruiu grande parte do prédio histórico e de seu acervo, o museu retomará as atividades a partir do dia 5 de junho, véspera de seu 207º aniversário. Nesta primeira fase, o acesso será limitado ao bloco 1, área já restaurada do palácio imperial.
A data foi oficializada em uma cerimônia realizada na última quarta-feira (2), no próprio local. Quem visitar o museu neste momento inicial será recepcionado por um símbolo de resistência: o meteorito Bendegó. Com mais de cinco toneladas e descoberto no sertão da Bahia em 1784, o gigante de ferro resistiu ao incêndio e agora será o cartão de visitas dessa nova fase do museu.
A reabertura é resultado de um intenso processo de reconstrução que vem ocorrendo desde 2021. O projeto é liderado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conta com apoio financeiro expressivo. O BNDES, principal doador, já destinou R$ 100 milhões ao projeto, incluindo o mais recente aporte de R$ 50 milhões.
Ao todo, a restauração do Museu Nacional está orçada em R$ 516,8 milhões. Até agora, cerca de R$ 346,8 milhões foram captados, o que representa 67% do valor necessário. Além do BNDES, o projeto conta com contribuições do governo federal, por meio de emendas parlamentares (R$ 56,4 milhões), e de empresas do setor privado, como a Vale (R$ 50,5 milhões) e o Bradesco (R$ 50 milhões). Mesmo com participação modesta em valores, doações de pessoas físicas, que somam R$ 68 mil, revelam o apoio popular à reconstrução do museu.
A obra envolve cerca de 400 profissionais e busca resgatar a riqueza arquitetônica e histórica do prédio, com a reconstrução de forros, pinturas decorativas e demais detalhes originais. Atualmente, 80% do telhado já foi recuperado, e 75% das fachadas foram restauradas.
Apesar da reabertura parcial agora em junho, a reabertura total do Museu Nacional está prevista apenas para 2028, quando todas as áreas estarão acessíveis ao público e o acervo, em grande parte perdido, será recomposto com peças resgatadas, restauradas e novas aquisições.
Com essa primeira abertura, o Museu Nacional retoma sua missão de ser um espaço de educação, memória e ciência. Um passo importante para o Brasil — e um sinal de que a história, mesmo quando ferida, pode renascer.
Fonte: Diario do Rio
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