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O ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro como o nome“terrivelmente evangélico” para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello, usou o tempo disponível para a sua fala de abertura na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (1), para falar de sua trajetória pessoal e profissional, “incluindo a graça divina” de ter se formado em Teologia.
Posteriormente, ele disse estar comprometido com a democracia e a laicidade do Estado e que “não há espaço para manifestação pública religiosa durante as sessões do STF e que a Constituição deve ser instrumento para decisão de um ministro do Supremo”.
Apesar de um discurso repleto de referências religiosas, Mendonça disse que, se tiver o nome aprovado pelos senadores, têm consciência de que será ministro por mais de um governo e que, por isso, possui “compromisso com o estado democrático de direito”. “Na vida pessoal, a Bíblia. No Supremo, a Constituição”, afirmou.
Ele também disse que respeitará “ a independência, a harmonia entre os Poderes, e decisão de outras instâncias da República “desde que tomadas no âmbito de suas atribuições e da constituição”. O ex-advogado-geral da União disse ainda que irá respeitar pessoas “de qualquer orientação sexual” e também “os que não professam nenhuma religião”.
Para ter o nome aprovado para integrar o STF, Mendonça precisa de ao menos 41 dos 81 votos dos senadores.
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