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Membros do PL resistem à ideia de contratar uma empresa para auditar as urnas eletrônicas nas eleições de outubro, como defendeu Jair Bolsonaro em sua última live semanal.
Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, a proposta já havia sido discutida por Bolsonaro e a cúpula do partido. Alguns líderes e até mesmo membros da campanha presidencial a consideram importuna, mas não a descartam completamente.
"Se Bolsonaro fizer questão, vamos contratar. Mas o PL é um partido da política. Não queremos de jeito nenhum essa briga com o TSE", afirmou um integrante da direção.
Um interlocutor do chefe de governo avaliou que a ofensiva deve servir de “justificativa para depois não cumprir o resultado”, caso Bolsonaro seja derrotado.
Já ministros do TSE não expressaram preocupação com a possibilidade de auditoria.
“Não vejo problema algum. Se ele contratou uma empresa para auditar, é porque reconheceu que o processo de votação eletrônica é auditável. Já é um avanço”, afirmou um ministro do tribunal.
“Espero que outros partidos façam o mesmo”, acrescentou outro magistrado. Para um terceiro integrante do TSE, não há nada de mais nas declarações de Bolsonaro: “isso é bobagem”.
A legislação eleitoral permite que, durante a preparação das urnas eletrônicas, representantes do MP, OAB e a partidos políticos atuem na "conferência dos dados constantes das urnas, assim como a verificação da integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais instalados em urnas eletrônicas”. Em 2014, o PSDB contratou auditores após a derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff. Eles não encontraram nenhum indício de fraude ou erros sistemáticos.
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