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A Prefeitura de Niterói dá mais um passo na política pública de igualdade racial com a oficialização e a criação do Comitê do Programa Potência Negra, nesta sexta-feira (19). O programa é coordenado pela Subsecretaria de Promoção de Igualdade Racial (Supir), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), e tem como público alvo os alunos da rede pública de ensino que estão no segundo ciclo do ensino fundamental e pessoas negras que estão desempregadas.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, comentou sobre o compromisso com que a equipe da secretaria vem desenvolvendo o projeto e que isso é necessário para que uma política pública dê certo.
“Sempre tive como sonho de vida a sustentabilidade e a justiça social que são duas coisas interligadas. Na prefeitura, estamos buscando ações afirmativas e criando programas que promovam oportunidades para os jovens, como o Niterói Jovem Ecossocial e o Potência Negra. Outro ponto fundamental é enfrentar a evasão escolar para não perder nenhum jovem para caminhos errados. Então, abrir oportunidades, motivar e criar ambições na juventude precisa ser uma prioridade”, destacou o prefeito.
Raphael Costa, secretário de Direitos Humanos no município, contou que uma pesquisa recente indica que, apesar de Niterói estar à frente da média nacional, ainda tem na juventude negra a principal vítima do desemprego, do subemprego e do emprego informal.
“Desde quando soube que a Secretaria de Direitos Humanos agregaria a pasta da igualdade racial, veio de imediato a temática da empregabilidade da população negra. A juventude negra é a principal vítima do desemprego, do subemprego e do emprego informal e por isso precisa de políticas de combate com ações integradas, parcerias com a sociedade civil e com o setor privado estimulando a empregabilidade e a contratação do jovem negro”, disse. Raphael destacou ainda que, oficializar o programa às vésperas do dia da Consciência Negra, reforça e sinaliza o compromisso da gestão com a pauta.
O Programa Potência Negra possui um conjunto de ações e projetos articulados, baseados em quatro eixos: inserção da juventude no mundo de trabalho, cursos profissionalizantes, empreendedorismo negro e incentivo à diversidade no setor privado. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros representam 72,9% dos desempregados do país, de um total de 13,9 milhões de pessoas nessa situação.
“Este é um momento muito especial. Como pedagoga da rede municipal, entendo o quanto é importante acolher a juventude. O projeto começou como um sonho, uma frase e em pouco tempo foi tomando forma e se constituiu em quatro eixos com formação profissional, oportunidade de empregabilidade, afroempreendedorismo e certificação das empresas parceiras. Esse movimento contribui para que essa cidade se torne mais potente e mais valorosa do que ela já é”, reforçou Gloria Anselmo, subsecretária de Igualdade Racial.
Selo Acolhendo a Diversidade – O selo é uma forma de reconhecer e incentivar as empresas e instituições privadas que estão desenvolvendo ações e medidas de igualdade racial para gerar emprego e renda para a população negra.
Segundo o secretário de Direitos Humanos, Raphael Costa, os primeiros selos serão concedidos aos parceiros que integraram o programa já na fase teste, como o projeto Pipas da Universidade Federal Fluminense (UFF), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Social do Comércio (Sesc), Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e BR Malls (Plaza Shopping Niterói). “A partir de agora começamos a dar um corpo de política pública efetiva ao programa que, a partir do ano que vem, deve ganhar uma estrutura mais robusta e ampliar as parcerias”, explicou o secretário.
Juliana Ventura, representante do Sebrae, disse que era uma honra para o Sebrae estar envolvido:
“É fundamental acolher a luta que é muito pertinente. Esse projeto é fundamental para transformar a vida desses jovens”.
A fala foi repetida pelo representante do CIEE, Cleris Azeredo, que completou:
“O CIEE foi criado com o objetivo principal de fazer a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Ao longo do tempo, observamos que o jovem negro e o jovem da comunidade que a gente encaminhava eram excluídos e percebemos que faltava capacitação e treinamento eram pontos críticos. Quando fomos procurados para essa parceria ficamos muito felizes por saber que a gente poderia ofertar algo específico para esse jovem. Falta formação para que eles possam chegar em condições de disputar uma vaga com qualquer outro jovem e por isso nossa alegria em participar desse programa”.
Maurício Salkini, do projeto Pipas (UFF), festejou o reconhecimento da atual gestão do município: “O reconhecimento neste governo é especial pela ligação e proximidade que tenho com o Axel. O Brasil precisa de respostas modernas, inclusivas e transparentes como esta”.
Representando o Plaza Shopping Niterói, um dos parceiros e onde as aulas de capacitação dos jovens acontecem, a superintendente Silvia Almeida, disse que a parceria veio ao encontro de um projeto interno que o shopping já estruturava. “Estávamos validando um projeto na mesma linha e foi uma emoção muito grande sermos convidados a integrar o programa. Hoje estamos aqui para consolidar tudo que foi falado e que estamos vivendo no dia a dia com as turmas. Na próxima semana, vamos fazer um tour com os alunos pelas áreas técnicas do Plaza para que eles conheçam as profissões que se entregam ali que não é só comércio e varejo”. (Do site da Prefeitura)
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