No Dia da Mulher, bolsonarista Porciuncula, secretário de Mário Frias, critica "renúncia" das mulheres a "seu reinado no lar"

No Dia da Mulher, bolsonarista Porciuncula, secretário de Mário Frias, critica

Ex-PM e "Cristão", o Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, ligado ao Secretário Especial da Cultura, Mário Frias, publicou uma série de tuítes machistas nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher.

Em 16 publicações, Porciuncula inverte a realidade, dando a entender que a opressão de mulheres ao longo da história é, na verdade, uma tentativa de proteção delas por parte dos homens.

Para justificar a inexistência da opressão, ele diz que somente pode defender esta teoria "estapafúrdia" quem nunca foi garoto e se sentiu nervoso ao estar próximo a uma mulher.

Ele começa, então, a listar 'perigos' que homens já enfrentaram para supostamente 'defender' as mulheres, em uma visão romântica e distorcida do que é a violência e a repressão histórica contra a mulher. "Durante milênios nos lançamos em milhares de campos de batalha, enfrentamos o vale sombrio da morte e todas as árduas e incríveis dificuldades da vida apenas para defender este velho ideal. Construímos monumentos gigantescos, criamos todo tipo de engenhocas, artes e técnicas, enfrentamos feras selvagens e perigos desconhecidos, mas, no fim, erguemos uma civilização em volta deste nobre ideal: um homem tem o dever de lealdade a sua esposa".

O secretário, então, critica a presença de mulheres no mercado de trabalho, dizendo ser injusto que elas tenham que 'renunciar' a seu "reinado no lar" para prestar serviços em empresas. Ele também fala em "compulsão feminista da masculinização da mulher". "Não sou um adepto admirador de nenhuma dessas modernas novidades bárbaras. Sei lá, não me parece ser um ideal muito digno e nobre tratar mulheres como cópias grotescas de um homem. Viola toda a minha essência masculina achar que devemos jogar mulheres no campo de batalha. Não me parece algo muito desejável que apequenemos a condição feminina em um cubículo empresarial, negando o seu reinado no lar, para ofertar a servidão industrial. Não vejo como minimamente satisfatório a sabotagem da beleza encantadora da mulher, toda aquela beleza feminina, para que possamos prosseguir com a compulsão feminista da masculinização da mulher". (Do Brasil247)

Por Jornal da República em 08/03/2022

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