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Em um cenário político brasileiro já marcado por suas controvérsias e reviravoltas, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) encontra-se em um turbilhão de polêmicas que ameaçam não apenas sua estrutura interna, mas sua própria existência no cenário eleitoral.
O sobe e desce de nomeações para as executivas estaduais de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são apenas a ponta do iceberg.
No epicentro desse furacão está Leonardo Avalanche, cuja liderança tem sido questionada por todos os lados, após uma série de decisões controversas e a perda de prazos cruciais para contestar ações judiciais contra o partido e sua chapa. A situação é tão grave que a sobrevivência eleitoral do PRTB pende por um fio, conforme consta no sistema judicial do TRE/TSE, colocando em risco a sobrevivência eleitoral da sigla e sua própria eleição. Sua condução já é chamada de temerária por muitos.
A confusão é tanta que, em alguns Estados, nominatas para executivas estaduais foram registradas no TRE, vídeos com os presidentes regionais foram gravados e divulgados, e dias depois os registros “caíam” no sistema, deixando políticos sérios, desmoralizados nas suas bases e o Estado sem representação e surpreendentemente, novos grupos políticos surgiam e “assumiam” diretórios total ou parcialmente de regionais, e/ou municípios de destaque, gerando prejuízos e insegurança para pré-candidatos e lideranças, e desfiliação de muitos destes que seguiram para outros partidos, em consequência, pois acordos locais foram desfeitos.
A situação do partido é tão crítica, que a janela de filiação partidária para pré-candidatos se fechará em poucos dias e essas indefinições e inseguranças, devido principalmente a esse troca-troca, poderão inviabilizar a participação nas eleições municipais do PRTB em centenas de municípios, bem como o fortalecimento da sigla para tentar superar a cláusula de barreira nas eleições de 2026, visto que havia negociações de chapas municipais com deputados e senadores federais na gestão anterior.
Com isso, o PRTB está perdendo centenas de bons candidatos Brasil afora, como o caso de um município carioca em que dois vereadores bem avaliados buscarão a reeleição em outro partido depois de muito aguardarem a definição, fora a decomposição da imagem da agremiação.
Não obstante, isso tudo, em São Paulo Avalanche descumpriu acordo com sua vice-presidente que já conduzia o Estado há um bom tempo, e a substituiu sem aviso por Tarcísio Escobar de Almeida, de Mogi das Cruzes, também trazendo muitos problemas à regional na sua forma de atuação, descumprindo acordos, fazendo com que muitos pré-candidatos e lideranças municipais mudassem de partido com suas respectivas nominatas.
No Rio de Janeiro, depois de publicações de vídeos em que Avalanche o declarando abertamente presidente da regional, e chegando a lançar no sistema do TRE sua nominata, estranhamente já não consta mais no mesmo sistema o presidente Estadual, como tal, não havendo nenhuma anotação até o momento. E muitos acreditam que Avalanche não o manterá, mas por outras razões.
Já quanto a Capital do Rio, Leonardo Avalanche nomeou para presidente Leandro de Souza Cavalieri Valle. E segundo se comenta nos bastidores locais, que Avalanche cedeu ao mesmo, mais de 20 diretórios municipais fluminenses além da Capital, passando por cima de Jalmir, que é indicado da viúva de Levi Fidelix Aldinea Rodrigues e também parceira de Leonardo, deixando no mínimo “tontos” os partidários. Lembrando que o Diretório do Estado do Rio estava acordado inicialmente para indicação do Dep. Estadual Thiago Rangel, e que Leonardo também não cumpriu.
Em Minas Gerais, o ex-assessor e ligado ao presidente do Senador Rodrigo Pacheco, Jorge Periquito, já foi “deposto” por Leonardo, que retirou do sistema sua nominata, substituindo por grupo ligado ao Deputado Federal Lafayette de Andrada.
A insegurança é tamanha, que não se sabe se os atuais presidentes se manterão no comando de seus diretórios, pois Avalanche muda a bel-prazer a direção de Diretórios, chocando a muitos, bem como as ações na justiça contra o mesmo podem de fato afastá-lo muito em breve devido a novos fatores.
Isso porque não se manifestou nos processos judiciais ao qual o partido e/ou sua chapa é ré, sendo revel e aceitando praticamente as acusações das partes contrárias, aumentam-se então substancialmente a chance, de no mínimo, seu afastamento da direção nacional ou novamente intervenção no partido, pelo judiciário, cabendo agora analise e decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o futuro do PRTB.
A preocupação maior é das lideranças que estão há mais tempo no partido e que investiram nele, vendo sua imagem sendo devastada; há receio entre eles, que o PRTB seja inviabilizado, e muitos reservadamente, culpam também a decisão do ministro Moraes de não ter homologado a eleição de julho do ano passado, com diversas alegações, como a de “não ouvir a plateia” nas gravações do vídeo da convenção, conforme parecer do procurador-geral eleitoral da época Paulo Gonet, que acatou alegações de Petição Civil impetrada por Aldinea, sob orientação de um ex-ministro do TSE.
Alguns partidários, acreditam que a direção do partido foi retirada de um grupo de forma injusta, afirmando que não houve qualquer irregularidade na convenção, pois primaram para isso; que procurador eleitoral participou da convenção e nada relatou negativamente, e não havendo também qualquer motivo grave para a intervenção decretada em 18 de dezembro de 2023, eis que até anotações de diretórios estaduais e municipais foram suspensas pela gestão aguardando a homologação daquela convenção (por cinco meses) - por tamanho o zelo, conforme os relatos e pedidos protocolados no TSE.
E finalizam dizendo que coisas muitos estranhas começaram a acontecer após a eleição de 31 de julho de 2023, e que não querem expor, por ora, mas teremos muitos capítulos nessa novela.
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