Nunes descartou aliança com Pablo Marçal em possível segundo turno e faz duras críticas: 'Não é de Deus'

Prefeito de São Paulo condena adversário e afirma que não conversará com "bandido", em evento com o governador Tarcísio de Freitas.

 Nunes descartou aliança com Pablo Marçal em possível segundo turno e faz duras críticas: 'Não é de Deus'

  No último sábado (5), durante um evento religioso na Igreja Renascer em Cristo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou veementemente qualquer aliança com Pablo Marçal (PRTB) em um possível segundo turno das eleições municipais contra Guilherme Boulos (PSOL). Num discurso contundente, Nunes classificou Marçal como "uma pessoa malvada" e acrescentou que ele "não é de Deus". O evento contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que endossou parte das críticas.

A fala de Nunes põe fim às especulações sobre uma possível aliança com Marçal, caso ambos cheguem ao segundo turno contra o candidato do PSOL. “Eu não converso com bandido”, afirmou o prefeito, marcando sua posição contrária ao influenciador, que recentemente se envolveu em polêmicas na campanha.

Tensões aumentam após caso de laudo falso

A tensão entre Nunes e Marçal aumentou nas últimas semanas, especialmente após a divulgação de um laudo falso que associava Boulos ao uso de cocaína. A manobra gerou revolta nos adversários, incluindo o governador Tarcísio de Freitas, que chegou a afirmar que Marçal deveria ser preso. "Com certeza", Opinião Nunes, reforçando sua desaprovação ao influenciador. "Ele é uma pessoa malvada, ruim, não é de Deus. Quem tem essa capacidade de fazer essas maldades todas, não tem outro lugar a não ser atrás das notas", acrescentou o prefeito.

Críticas ao TSE e dúvidas sobre a continuidade de Marçal na disputa

Nunes também dirigiu suas críticas à Justiça Eleitoral, expressando surpresa com o fato de que Marçal ainda está na disputa, mesmo com "tanto acusações de irregularidade". O prefeito sugeriu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi “conivente” em não barrar o adversário, especialmente após denúncias de abuso de poder econômico e a utilização do laudo falso contra Boulos. “A probabilidade de cassação de Marçal é muito grande”, afirmou Nunes, demonstrando confiança no estágio desfavorável para o candidato do PRTB.

Tarcísio mantém distância de Marçal, mas recusa aliança com a esquerda

O governador Tarcísio de Freitas, por sua vez, alterou uma postura mais cautelosa em relação a Marçal, embora tenha sido firme ao reafirmar sua posição à esquerda. Quando questionado sobre quem apoiaria em uma eventual disputa entre Marçal e Boulos, o governador foi categórico: "Eu nunca apoiarei a esquerda". Contudo, Tarcísio evitou confirmar explicitamente se descartaria uma aliança com o influenciador, o que gerou especulações sobre seus próximos passos políticos.

A postura firme de Nunes e o silêncio estratégico de Tarcísio indicam que as alianças no segundo turno das eleições municipais de São Paulo ainda serão motivo de intensos debates e negociações nos bastidores políticos, com Marçal isolado, mas ainda no centro da disputa eleitoral.

 

Fonte: Brasil247

Por Jornal da República em 09/10/2024
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