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Considerando que alguns recursos naturais não se renovam e os recursos públicos estão cada vez mais escassos e, por muitas vezes, com acesso sinuoso, é preciso derivar para duas frentes visando maximizarmos os resultados mensuráveis que produzimos a favor das 16 (dezesseis) Prefeituras que compõe o Conleste e, de forma reflexa, para os mais de 3,3 MM de habitantes do Leste Fluminense.
No cenário nebuloso que ainda vivemos levando-se em conta a conjugação de crises, econômica, política e sanitária, o capital privado e os negócios de impacto socioambiental, que muitas vezes se misturam, me parecem alternativa oportuna para os gestores públicos que pretendem entregar resultados, de fato, na ponta.
Neste sentido, na qualidade de Diretor Geral do Conleste, registro a existência de, especialmente, duas premissas para o melhor enlace com as Cias. privadas que poderão fomentar os referidos negócios de impacto socioambiental, quais sejam: eficiência e transparência.
Ultrapassada a questão da eficiência, tratada na última coluna, a transparência também é mandatória à medida que o compliance que permeia as grandes corporações, as quais já se posicionam sob o manto do ASG (Ambiental, Social e Governança Corporativa), aponta para tratativas impessoais, encontrando guarita em princípio basilar que também rege nossa entidade, qual seja, a impessoalidade.
Superada a introdução ao tema desta coluna, ao fazer valer a palavra, fato raro, lamentavelmente no universo político, cumprirei com o prometido na última e discorrerei sobre um dos negócios de impacto socioambiental em curso no território do Conleste, mais especificamente, o já reconhecido P.E.S. (Programa Emboço Social).
O já premiado (Firjan Ambiental em 2019/Prêmio CBIC Inovação/Sustentabilidade e Responsabilidade Social) Programa foi idealizado pela Riomix, empresa que também opera na Região Leste Fluminense, e, com o apoio do Conleste, vem progredindo com desenvoltura, entregando benefícios socioeconômicos, de forma direta, para residentes em 4 (quatro) Municípios Conlestianos.
Não obstantes os obstáculos impostos pela pandemia que acabam sendo superados pela vontade de fazer, de verdade, o programa avança pelo território do Leste Fluminense, entregando de forma multifuncional ao cidadão mais vulnerável: (i) educação ambiental, (ii) saúde pública e (iii) desenvolvimento social, lastreado por um processo produtivo inovador.
O P.E.S. tem como matéria prima uma argamassa aditivada de fibras de celulose provenientes da reciclagem da própria embalagem trazendo consigo os sustentáveis conceitos da economia circular e da logística reversa. Vale ainda o destaque que o produto foi desenvolvido através de um estudo interlaboratorial em parceria com a PUC-RJ, ponto para ciência, produzindo um material de mais durável, qualificado e superior aos requisitos da NBR.
Assim sendo o P.E.S. proporciona proteção de famílias mais vulneráveis através do revestimento externo de suas casas desprovidas de emboço, a impermeabilização das paredes evita infiltrações e possível enfraquecimento das estruturas, evita a formação de bolores, mofo e umidade interna, responsáveis por problemas respiratórios e dermatológicos, traz isolamento térmico e acústico, reduzindo a entrada ou a saída de calor ou frio de um ambiente para o outro e diminuindo a intensidade de ruídos para a parte interior do imóvel.
Já foram entregues mais de 200 casas ao longo através do P.E.S. que tem o apoio institucional qualificado do Conleste à medida que a interação com as Prefeituras, em especial, as Secretarias de Desenvolvimento Social responsáveis pelo melhor critério nas escolhas das casas a serem beneficiadas, é fundamental para o avanço do Programa na Região Leste Fluminense.
Outro ponto a ser destacado, sob o prisma da economia circular, é que se todas as embalagens já utilizadas tivessem retornado a Riomix, o número de casas entregues dobraria. Logo considerando alguns ODS (objetivos de desenvolvimento sustentáveis) mister se faz estimular esta logística reversa que, ao final, contribui para a elevação do IDH de uma região dentre outros progressos mensuráveis nos quesitos ambiental e saúde pública.
Por aqui no Conleste, as políticas públicas, necessariamente, perpassam por pessoas, sustentabilidade e inovação, sem algum destes elementos entendo que a mesma fica capenga...
Em alguma próxima coluna, talvez na próxima, trarei alguma outra política pública, em andamento, derivada ou não de PPPs, que, consubstanciadas nos elementos acima citados estão gerando resultados concretos para aqueles que mais necessitam de um serviço público prestado com excelência.
Tenho dito, JUNTOS EM PROL DO COLETIVO!
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Tribuna da Imprensa Digital e é de total responsabilidade de seus idealizadores.
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