O golpe a galope: Ministério da Defesa chama de 'ofensa grave' fala de Barroso

O golpe a galope: Ministério da Defesa chama de 'ofensa grave' fala de Barroso

Em mais um movimento do Exército para avançar, vergonhosamente, sobre a democracia brasileira, o Ministério da Defesa rebateu as declarações do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou por meio de nota na noite deste domingo (24) que "repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas" de que as Forças Armadas "teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia". 

Como se não soubessem o que está em curso desde que elegeram o presidente de extrema-direita, então deputado Jair Bolsonaro, em pronunciamento ilegal na AMAN em 2015, o exército usa a mesma estratégia de seu “pupilo em chefe”: se faz de vítima para se colocar como alvo de um autoritarismo que na verdade é o que ele almeja, o Ministério da Defesa rebateu:

"Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições", diz trecho da nota assinada pelo ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Em seminário promovido por uma universidade alemã, Barroso disse que vê as Forças Armadas sendo orientados para atacar o processo eleitoral. 

O ministério destacou ainda que as Forças Armadas têm a "ampla confiança da sociedade", o que é demonstrado por pesquisas e pelo contato regular dos militares com a população. Ressaltou também que elas têm "uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros".
 

Por Jornal da República em 24/04/2022
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