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Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) apontam que as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos, excluindo peixes e frutos do mar, chegam a 750 bilhões de dólares por ano.
Mais da metade (54%) da perda de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, na manipulação, pós-colheita e armazenagem. O restante (46%) acontece nas etapas de processamento, distribuição e consumo.
Em 2015 existiam 795 milhões de pessoas passando fome. Especialista em indústrias agrícolas e responsável pela infraestrutura rural na FAO, Robert van Otterdijk garante que “com um quarto destes números (750 bilhões de dólares), é possível alimentar 842 milhões de pessoas famintas em todo o mundo”. E alerta: o “reduzir à metade este desperdício, bastaria aumentar a produção alimentar mundial em 32% para conseguir dar comida a 9 bilhões de pessoas, a população mundial prevista para 2050”, de acordo com projeções demográficas da entidade.
No Brasil, em relação ao desperdício é de cerca de 1,3 bilhão de toneladas daquilo que poderia virar comida para os famintos vai parar na lata do lixo, ou seja, não chega à mesa do consumidor final.
Para se ter uma ideia clara do prejuízo causado pelo desperdício, a cada ano, os consumidores dos países ricos “jogam fora” 222 milhões de toneladas, o que quase equivale à quantidade de alimentos produzidos para alimentar a África Subsaariana (230 milhões de toneladas), “sendo suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas”, comenta o representante da FAO no Brasil.
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As ações de conscientização com o objetivo de acabar com essa prática principalmente em restaurantes e lanchonetes, além das iniciativas que exploram o reaproveitamento como um meio de combate à fome nas grandes cidades, indicam crescimento.
Mas o desperdício não acontece somente nos estabelecimentos, na nossa casa também pode ocorrer um mal aproveitamento de frutas, verduras e legumes. Então, que tal iniciar um novo hábito de consumo e diminuir os resíduos alimentares do dia a dia?
Evitar o desperdício de alimentos em casa é uma maneira de consumir recursos com consciência, além de ser um hábito que faz bem ao bolso. Planejar as refeições com antecedência e aproveitar por completo frutas, verduras e legumes é a melhor forma de não jogar comida fora.
PALOMA RODRIGUES – Digital Analys-influencer, Nutricionista, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UNIRIO, jornalista e diretora de Finanças da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Tribuna da Imprensa Digital e é de total responsabilidade de seus idealizadores.
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