O preço do caos: inflação oficial tem maior alta para agosto em 21 anos; em 12 meses, avanço é de quase 10%

O preço do caos: inflação oficial tem maior alta para agosto em 21 anos; em 12 meses, avanço é de quase 10%

DA REDAÇÃO - O 7 de setembro foi simbólico e inesquecível não apenas pelo vexame internacional proporcionado pelo presidente da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro, mas também porque a gasolina chegou ao igualmente simbólico R$ 7,00.

E como não poderia deixar de ser, a consequência da quebra do contrato democrático foi o enfraquecimento das instituições, a corrosão da democracia e o descontrole da economia.

E a partir desses fatores a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000. Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. Em agosto do ano passado, a variação foi de 0,24%. Os dados foram divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Entre os nove grupos e serviços pesquisados pelo instituto, oito subiram em agosto, com destaque para os transportes, com alta de 1,46%, puxado pelos combustíveis. A gasolina subiu 2,80% o etanol 4,50%, gás veicular 2,06% e óleo diesel 1,79%.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 ponto percentual abaixo do resultado de julho, quando a alta foi de 1,02%. No ano, o indicador acumula elevação de 5,94% e em 12 meses chega a 10,42%, acima dos 9,85% observados nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano passado, a taxa variou 0,36%.

Para o INPC, a principal influência foram dos produtos alimentícios, que subiram 1,29% em agosto, acima de 0,66% observado em julho. Os produtos não alimentícios desacelararam e tiveram alta de 0,75% no mês, após variação positiva de 1,13% em julho. (Com informações da Agência Brasil, foto Rede Brasil Atual)

Veja os 50 itens que mais subiram no acumulado do ano segundo IBGE:
Pepino: 78,51%
Abobrinha: 72,90%
Pimentão: 58,18%
Etanol: 40,75%
Revista: 34,72%
Gasolina: 31,09%
Gás veicular: 30,12%
Óleo diesel: 28,02%
Açúcar refinado: 27,11%
Fubá de milho: 25,05%
Mandioca (aipim): 24,93%
Repolho: 23,82%
Gás de botijão: 23,79%
Melão: 22,14%
Açúcar cristal: 20,15%
Pneu: 19,59%
Mudança: 19,22%
Material hidráulico: 18,57%
Pá: 18,29%
Peixe-cavala: 18,21%
Gás encanado: 17,88%
Filé mignon: 17,72%
Café moído: 17,72%
Manga: 17,66%
Frango em pedaços: 17,09%
Peixe-curimatã: 16,81%
Revestimento de piso e parede: 16,48%
Músculo: 16,36%
Açúcar demerara: 16,05%
Ferragens: 15,87%
Margarina: 15,86%
Esponja de limpeza: 15,41%
Carne de carneiro: 15,39%
Alimento para animais: 15,16%
Videogame (console): 13,99%
Feijão mulatinho: 13,49%
Acém: 13,49%
Feijão-macáçar (mulatinho): 13,44%
Televisor: 13,21%
Patinho: 13,12%
Alface: 12,62%
Joia: 12,60%
Limão: 12,03%
Fígado: 12,00%
Costela: 11,98%
Agasalho feminino: 11,96%
Pão de forma: 11,93%
Leite fermentado: 11,60%
Refrigerador: 11,58%
Serviços de streaming: 11,52%

Por Jornal da República em 09/09/2021
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