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A Democracia brasileira está longe de garantir igualdade de oportunidades e de condições para quem disputa cargos eletivos. Enquanto alguns poucos candidatos recebem volumosos recursos para suas campanhas, outros dispõem de nada ou quase nada para enfrentarem seus concorrentes.
Os gastos com campanha no Brasil estão limitados a um valor estipulado pela Justiça Eleitoral, um valor exageradamente generoso, exorbitante, que somente os preferidos das cúpulas partidárias ou os muito endinheirados conseguem alcançar ou dele se aproximar.
Chega a ser um escárnio para o trabalhador assalariado, que no final das contas é o principal financiador das campanhas políticas, os altos gastos de algumas campanhas eleitorais, na maioria dos casos com dinheiro público, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), também conhecido como Fundo Eleitoral, que este ano distribuiu 4,9 bilhões de reais entre os partidos políticos.
Veja quanto cada partido recebeu:
Nada contra o financiamento público, melhor assim do que com dinheiro das empresas que financiavam campanhas para ganhar dez vezes mais lá na frente com os superfaturamentos e os privilégios nas licitações e nas legislações. Mas financiamento público com esse rio de dinheiro é um acinte. Além da exorbitância do valor tem ainda a total frouxidão nas regaras para a distribuição dos recursos, o que permite as cúpulas partidárias beneficiarem, primeiramente a si próprias e depois aos seus apaniguados, estabelecendo critérios subjetivos e antidemocráticos.
Nestas eleições cada candidato a Deputado Federal estava autorizado a gastar até R$ R$ 3.176.572,53 (três milhões, cento e setenta e seis mil, quinhentos e setenta e dois reais e cinquenta e três centavos). Acredite. O valor é este mesmo, para todo o Brasil.
A candidata mais votada para Deputada Federal no Rio de Janeiro, Daniela do Waguinho, chegou pertinho disso: ela recebeu R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) redondos para gastar na campanha.
O somatório dos gastos de campanha dos 46 deputados federais eleitos no Estado do Rio de Janeiro foi de R$ 71.586.491,42 (setenta e um milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, quatrocentos e noventa e um reais e quarenta e dois centavos), uma média de R$ 1.556.228,07 para cada candidato. Considerando que juntos eles somaram 4.384.375 (quatro milhões, trezentos e oitenta e quatro mil e trezentos e setenta e cinco) votos, significa que cada voto custou R$ 16,32.
Veja quanto cada candidato eleito para deputado federal no rio de janeiro recebeu para fazer campanha, quanto custou o voto em cada um e quem ficou acima e abaixo da média.
Fonte Portal B
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