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Candidato indeferido abocanha R$ 4,2 milhões do fundo eleitoral, provando que na política fluminense, até Jacaré podem nadar em dinheiro público
Jacaré de Nova Iguaçu: R$ 4.233.650,00
Senhoras e senhores, preparem-se para a história mais surreal das eleições municipais de 2024! Direto de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, vem a saga de Clébio Jacaré - sim, esse é o nome dele, gente! - o candidato que provou que, na política brasileira, ter a ficha suja não impede ninguém de mergulhar em uma piscina de dinheiro público.
Nosso protagonista, filiado ao partido União, não é um político qualquer. Com um patrimônio declarado de impressionantes R$ 49.627.070,13 (e isso só na pessoa física, sem contar os bens de suas dezenas de empresas), Jacaré já era o candidato mais rico dessa eleição. Mas aparentemente, para nosso amigo réptil, dinheiro atrai dinheiro, mesmo quando a lei diz "não".
A Justiça Eleitoral, em um raro momento de lucidez, disse que não poderia "fechar os olhos a situações de ilicitude e imoralidade evidentes" e indeferiu a candidatura de Jacaré em primeira e segunda instâncias. Mas nosso herói escamoso provou que tem mandíbulas fortes o suficiente para abocanhar nada menos que R$ 4.233.650,00 do Fundo Eleitoral.
Isso mesmo, caros eleitores: enquanto muitos brasileiros lutam para chegar ao fim do mês, nosso amigo Jacaré recebeu mais de 4 milhões de reais em dinheiro público para uma campanha que, legalmente, nem deveria existir. É como se o sistema eleitoral brasileiro tivesse decidido patrocinar sua própria versão de "Jurassic Park: A Era da Politicagem".
O mais incrível? Jacaré não gastou um centavo sequer do seu próprio dinheiro na campanha. Com um patrimônio de quase 50 milhões, ele preferiu nadar exclusivamente no lago de dinheiro público. Parece que nosso amigo entendeu bem o conceito de "socializar os custos e privatizar os lucros".
A ironia dessa situação é tão palpável que quase dá para sentir as escamas. Enquanto escolas em Nova Iguaçu possivelmente precisam de reformas, os postos de saúde carecem de medicamentos e as ruas pedem por manutenção, temos mais de 4 milhões de reais sendo jogados em um pântano eleitoral.
Esta situação levanta questões sérias sobre a eficácia e a moralidade do nosso sistema eleitoral. Como é possível que um candidato indeferido em múltiplas instâncias ainda tenha acesso a uma quantia tão astronômica de dinheiro público? Será que nosso sistema eleitoral está tão lodoso quanto o habitat natural do nosso amigo Jacaré?
O caso de Nova Iguaçu é um exemplo gritante de um problema muito maior que assola o processo eleitoral brasileiro. A facilidade com que candidatos barrados conseguem acessar recursos públicos sugere falhas graves no sistema de controle e fiscalização dos fundos eleitorais.
Enquanto isso, o eleitorado de Nova Iguaçu se vê diante de um dilema digno de um filme de ficção científica: rir para não chorar ou chorar de tanto rir? Uma coisa é certa: nessa novela eleitoral, o maior prejudicado é o contribuinte, que vê seu dinheiro alimentando um sistema que parece premiar justamente aqueles que deveriam estar fora do jogo político.
À medida que as eleições se aproximam, resta aos eleitores de Nova Iguaçu a esperança de que, em meio a tanto absurdo, ainda haja espaço para candidaturas sérias e comprometidas com o bem público. Afinal, em uma democracia saudável, os únicos jacarés deveriam estar nos zoológicos ou nos rios, não nadando em milhões de reais de dinheiro público.
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