O prefeito Eduardo Paes e seus três principais escudeiros no lançamento da candidatura de Talita Galhardo

Numa noite que poderia facilmente ser confundida com um episódio de "Gossip Girl" ambientado nos trópicos, a elite carioca se reuniu no exclusivo condomínio Jardim Marapendi, na Barra da Tijuca, para um evento que promete entrar para os anais da política fluminense. O motivo? O lançamento da candidatura de Talita Galhardo a vereadora pelo PSDB, um acontecimento que, como dizem por aqui, "não é para qualquer um".

Quem vê cara não vê coração, e quem viu o cenário luxuoso do evento poderia pensar que se tratava de um casamento de celebridades. Mas, como diz o ditado, "política e religião não se discutem, se praticam", e praticar política parece ser o novo esporte da moda entre a nata carioca.

O prefeito Eduardo Paes, qual um padrinho orgulhoso, liderou o que podemos chamar de "Os Três Mosqueteiros da Política Carioca": Eduardo Cavalliere, seu candidato a vice, e os deputados federais Pedro Paulo e Daniel Soranz. Juntos, eles formavam um quarteto que faria D'Artagnan se sentir em casa.

Ana Galhardo, mãe da candidata e anfitriã da noite, parecia determinada a provar que "filho de peixe, peixinho é". Com um evento digno do Oscar da política local, ela deixou claro que, quando se trata de sua filha, o céu é o limite - ou talvez, neste caso, a Câmara Municipal seja.

A sociedade da Barra da Tijuca compareceu em peso, num desfile de poder e influência que faria qualquer cientista político coçar a cabeça. Era como se o Rio de Janeiro tivesse decidido que "uma mão lava a outra", e todos estivessem ali para garantir que as mãos de Talita Galhardo estivessem impecavelmente limpas para sua jornada política.

Entre taças de champanhe e sorrisos ensaiados, era impossível não notar o ar de "quem não tem padrinho, morre pagão" que pairava sobre o evento. A presença maciça de figuras proeminentes do PSDB e aliados deixava claro que Talita não estava apenas entrando na política; ela estava sendo coroada como a nova esperança de uma geração.

Enquanto observava a cena, não pude deixar de pensar que, se "política é a arte do possível", então o que vi naquela noite era nada menos que uma obra-prima em construção. Talita Galhardo, com seu sorriso radiante e sua juventude, parecia encarnar a promessa de uma nova era na política carioca.

No entanto, como todo bom carioca sabe, "uma andorinha só não faz verão". Resta saber se o apoio da elite política e social do Rio será suficiente para catapultar Talita aos corredores do poder municipal. Afinal, como dizem por aqui, "o futuro a Deus pertence", mas o presente, ah, o presente pertence àqueles que sabem navegar as águas turbulentas da política carioca com a graça de um surfista em Ipanema.

Ao final da noite, enquanto os convidados se despediam trocando cartões e promessas, uma coisa ficou clara: independentemente do resultado das urnas, Talita Galhardo já venceu o jogo das aparências. Agora, só resta saber se ela conseguirá transformar todo esse glamour em votos. Porque, no fim das contas, na política como na vida, "o que vale é o que está escrito" - ou neste caso, marcado na cédula eleitoral.

 

 

     
O artista David Brazil fez a alegria do salão.

Por: Robson Talber 

Texto e fotos, Marcio Vieira