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Em resposta aos Estados Unidos que promovem uma guerra usando a Ucrânia para atingir a Rússia em um primeiro momento e a China em seu objetivo final, o presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega bielorrusso, Alexander Lukashenko, disseram na terça-feira (12) que as condições atuais do mundo terão que mudar drasticamente, informa o site RT.
"O que está acontecendo hoje? É a destruição do sistema de um mundo unipolar que se formou após a queda da URSS", disse o presidente russo. "Muitas vezes foi dito que os EUA estão preparados para lutar contra a Rússia até o último ucraniano. Isso mesmo! Essa é a essência do que está acontecendo", lamentou.
O presidente russo observou que os líderes dos países ocidentais estão em uma "posição lamentável" em relação aos EUA, mas "não podem reconhecê-lo". No entanto, de acordo com Putin, o mundo de hoje "é mais complexo" comparado aos tempos da Guerra Fria, de modo que um único país não poderá preservar sua posição dominante.
De sua parte, Lukashenko expressou uma visão semelhante, acrescentando que Washington criou uma ordem mundial destrutiva. "O mundo unipolar vai quebrar, já que sua base, os EUA, agora é destrutiva", disse o presidente bielorrusso em uma coletiva de imprensa conjunta realizada no Cosmódromo russo de Vostochny, na região de Amur. De acordo com Lukashenko, o mundo seria mais estável "se dependesse dos EUA, da UE, da Rússia, da China e, talvez, da Índia" em vez de confiar no domínio "destrutivo" de Washington.
O presidente russo ressaltou que a pressão das sanções adotadas pelo Ocidente não conseguiu esmagar o país. "A 'guerra relâmpago' que nossos detratores planejaram não funcionou, é claro", enfatizou. "A economia e o sistema financeiro da Rússia estão se comportando muito bem", disse o presidente.
Segundo Putin, existem alguns problemas que ameaçam a economia do país euro-asiático e as autoridades entendem os riscos. No entanto, ele enfatizou que espera que o "senso comum" triunfe no Ocidente.
"[Os países ocidentais] sempre calculam mal porque não entendem que o povo russo sempre se une em condições difíceis. Eles verão isso. Enquanto para eles, os problemas são inevitáveis", concluiu.