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O surgimento da trash food, ou "comida lixo", nos anos 1970, contribuiu para o aumento da obesidade global, que é um problema de saúde pública crescente com repercussões significativas para a saúde física e mental da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025, 700 milhões de indivíduos em todo o mundo estarão obesos. No Brasil, a situação é preocupante: 60% dos adultos vivem com sobrepeso e 26% são obesos, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2020.
As causas da obesidade são complexas, envolvendo fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Segundo a Dra. Sylvia Ramuth, médica pós-graduada em dermatologia e estética e Diretora Técnica do Emagrecentro, dentre os principais fatores, destaca-se a alimentação inadequada rica em calorias, gorduras e açúcares, sedentarismo, estresse e ansiedade. A Dra. ainda destaca a importância de ter um diagnóstico precoce da doença, “quanto antes houver um diagnóstico, melhor será a tarefa em prevenir complicações de saúde a longo prazo”.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico da obesidade é feito por um médico, que irá avaliar o peso e a altura do indivíduo para calcular o índice de massa corporal (IMC), além de uma bateria de exames para avaliar a condição física. É de suma importância que haja o acompanhamento médico para indicar as intervenções adequadas, já que em alguns casos, o tratamento para obesidade pode envolver medicamentos ou cirurgia.
“O excesso de peso e obesidade podem ter sérias consequências na vida adulta, como o aumento do colesterol e triglicerídeos, hipertensão arterial, problemas articulares, diabetes, problemas no fígado, dentre outros. Se houver preocupações em relação ao peso e à possibilidade de obesidade, medidas de prevenção devem ser tomadas, como implementar mudanças no estilo de vida para ajudar a manter um peso saudável. Isso inclui ajustes na alimentação, através de uma reeducação alimentar, e inclusão ou aumento da atividade física”, comenta a Dra. Ramuth.
Alimentação saudável
Para prevenir a obesidade, é importante que se tenha uma alimentação saudável e equilibrada. Uma boa alimentação deve conter uma porção de carboidratos complexos, pois fornecem a energia adequada para realizar as atividades diárias. Uma porção de alimentos construtores, compostos por proteínas, como leite, queijos, ovos, carnes magras, pasta de grão-de-bico ou ervilha. Além de uma porção de frutas ou vegetais para a regulação e manutenção do organismo, por fornecer a maior quantidade de vitaminas, fibras e minerais, de preferência in natura ou combinado em receitas.
“Deve-se evitar alimentos processados e ultraprocessados, como salgadinhos, refrigerantes, bolachas recheadas, doces e fast food. Esses alimentos tendem a ser ricos em açúcar, gorduras trans, sódio e aditivos artificiais, com pouco valor nutricional. Também não é recomendado a ingestão de bebidas prontas, pois são fontes de açúcares e calorias vazias, como sucos de frutas industrializados e refrigerantes, é indicado água e, ocasionalmente, sucos naturais sem adição de açúcar em quantidades limitadas. A alimentação indicada, deve ser composta por frutas, vegetais, cereais integrais, proteínas, leguminosas, leite e oleaginosas, além de realizar cinco refeições diárias para garantir os nutrientes necessários para um estado nutricional adequado”, esclarece a médica.
Prevenção
Além de uma alimentação saudável, é importante praticar atividade física regularmente, podendo ser aeróbicas, como natação e danças, de fortalecimento muscular, como alongamentos e musculação, e atividades recreativas, como andar de patins, bicicleta e jogar um esporte coletivo.
“A atividade física é fundamental para a saúde física e mental. Ela ajuda a controlar o peso, fortalece os músculos e ossos, melhora o humor e a autoestima. Indica-se praticar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada a vigorosa todos os dias”, recomenda Ramuth.
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