Onde estaria Taís com a gasolina vendida a quase R$ 10?

Graças à política de reajustes de preços adotada pela Petrobras, que privilegia acionistas da empresa em detrimento do povo, o preço da gasolina continua subindo por todo o país. Região Norte registra maiores preços

DA REDAÇÃO - É inesquecível. Taís Helena Galon Borges surtou quando a gasolina foi a R$ 2,80 no governo Dilma e virou manchete e inspiração dos ‘Patos amarelos’ que foram para as ruas derrubar o governo que tinha conseguido os menores índices de desemprego da história conhecido como Pleno Emprego.

No vídeo histórico, Taís, provável ‘patriota,’ parece surtada em um posto de gasolina. Grita para que os motoristas não abasteçam. E alerta para o caos: os caminhoneiros parariam e faltaria comida na mesa dos brasileiros. Pior do que essa cena só a do pai usando a filha para segurar um cartaz em protesto contra o aumento do dólar para R$ 1,99 também no governo da ‘incompetente’ Dilma. O dólar fechou a R$ 5,57.

Com o reajuste de 19% na gasolina e de 25% no diesel, anunciado pela Petrobras há uma semana, brasileiros correram para os postos de combustíveis para abastecer seus veículos antes que o preço mais caro chegasse às bombas, criando filas gigantescas em todo o país.

Com o aumento no preço nas refinarias, dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgados na segunda-feira (14) apontaram que o preço médio do litro da gasolina atingiu R$ 6,683 no Brasil.

No levantamento semanal da ANP, a gasolina mais cara do país foi encontrada na Bahia, em Eunápolis (R$ 8,770 o litro),

Gasolina mais barata do mundo está na Venezuela (R$ 0,13 por litro). Na Rússia, país que invadiu a Ucrânia e causou a escalada recente nos preços do petróleo, por ser um dos maiores produtores e exportadores do mundo (o preço do barril chegou a encostar nos US$ 140, o maior valor desde 2008), o litro da gasolina custa R$ 2,21. Na Ucrânia, R$ 6,20. e em países vizinhos como Bolívia (2,80), Colômbia (R$ 3,21), Equador (R$ 3,46) e Argentina (R$ 4,98).

É preciso repetir, R$ 8,00 por litro e não tem Taís, não tem Pato Amarelo ou convocação para manifestações 24h por dia na GloboNews.

Definitivamente, o Brasil mudou e para pior.

Sobre a briosa Taís, na rede social, há um perfil dela. É gerente administrativa e mora em Caxias do Sul. Assim a moça se define:

“Profissional dinâmica, comunicativa, fácil relacionamento interpessoal, capaz de trabalhar em equipe, dedicada ao trabalho, atualizada na sua área de competência e focada em resultados.”

Nos dias que antecederam o golpe, parecia revoltada. Hoje, como a maioria das pessoas que foram à rua protestar naqueles dias, permanece em silêncio. Um silêncio hipócrita e ensurdecedor que deixa evidente que que nunca foi contra a corrupção nem em defesa da Petrobras, hoje fatiada numa privatização mal disfarçada. Era ódio. Ódio ao PT.

 

Por Jornal da República em 18/03/2022
Aguarde..