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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (8), uma operação que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e figuras políticas do seu entorno político e militar. O objetivo é investigar se Bolsonaro e aliados de primeira hora tentaram dar um golpe de estado no país e invalidar as eleições presidenciais de 2022.
A operação, batizada de Tempus Veritatis, é um desdobramento do inquérito dos atos antidemocráticos, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, após uma série de manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do STF, a intervenção militar e o retorno do AI-5, o ato institucional mais duro da ditadura militar.
Além dos mandados de prisão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, determinou o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, a suspensão dos direitos políticos dos ex-parlamentares e a proibição de contato entre os envolvidos. Moraes também autorizou a quebra do sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário dos suspeitos, bem como a apreensão de armas (Valdemar da Costa Neto presidente do PL foi preso por ter a posse de uma arma ilegal).
De acordo com a PF, as provas colhidas até o momento indicam que Bolsonaro e seus aliados planejaram e executaram um plano para tentar um golpe de estado no Brasil, com o apoio de setores das Forças Armadas, de grupos paramilitares, de milícias digitais e de financiadores. O plano teria sido colocado em prática no dia 8 de janeiro de 2024, quando Bolsonaro e seus apoiadores convocaram uma manifestação em Brasília, para pressionar o STF a anular as eleições e declarar Bolsonaro como presidente legítimo.
A tentativa de golpe, no entanto, foi frustrada pela reação das instituições democráticas, que mobilizaram as forças de segurança para conter os manifestantes e garantir o governo legitimamente eleito do presidente Lula.
A operação da PF é considerada a maior ação já realizada contra os atos antidemocráticos e o maior golpe já sofrido pelo bolsonarismo, que perdeu seus principais líderes e financiadores. A operação também representa uma vitória para a democracia brasileira, que resistiu aos ataques e às ameaças de um grupo que tentou subverter a ordem constitucional e impor um regime autoritário no país.
No entanto, alguns setores da sociedade, especialmente os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusam a PF e o STF de agirem de forma parcial, abusiva e ilegítima, especialmente no que diz respeito às investigações sobre os atos antidemocráticos e a suposta tentativa de golpe de Estado. Essa é uma questão complexa e controversa, que envolve diferentes pontos de vista e interpretações jurídicas. A Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) são instituições republicanas, que têm como função garantir a ordem, a segurança e a justiça no país.
Mas essa controversa questão, ficara para o próximo artigo, pós-carnaval.
Divirtam-se com moderação.
Filinto Branco - colunista político.
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