Oposição apresenta pedido de impeachment para presidente da Coreia do Sul

Yoon Suk Yeol pode ser afastado do poder após tentativa frustrada de impor lei marcial no país.

Oposição apresenta pedido de impeachment para presidente da Coreia do Sul

O anúncio do pedido de impeachment foi feito durante uma coletiva de imprensa com representantes de seis partidos.

"Apresentamos uma moção para destituí-lo, preparada com urgência", os políticos falaram durante a coletiva. O pedido deverá ser votado nesta sexta-feira (6).

A medida conta com apoio da maior organização sindical do país, que prometeu uma greve geral até a renúncia do presidente Yoon Suk Yeol.

O Partido Democrático, maior força de oposição no legislativo, anunciou ações judiciais contra o presidente, ministro da Defesa e do Interior, além de policiais e militares envolvidos.

O líder do Partido do Poder Popular, sigla de Yeol, também pediu explicações sobre a ação e punições para os envolvidos.

A presidência ainda não comentou o assunto, mas a agência de notícias estatal Yonhap afirmou que os principais assessores de Yeol estão prontos para renunciar caso necessário.

O que aconteceu

Yoon Suk Yeol publicou um decreto estabelecendo lei marcial em todo o país, proibindo manifestações e qualquer tipo de atuação política.

Segundo o presidente, a medida era necessária para combater forças “anti-estado” e simpáticas à ditadura comunista da Coreia do Norte que estariam sabotando o governo no Parlamento.

A medida foi tomada poucos dias depois do legislativo aprovar um projeto que reduz o orçamento público e da oposição apresentar pedidos de impeachment contra o auditor do Estado e o procurador-geral.

Lei marcial

Após o anúncio da medida no canal de televisão YNT, militares tentaram fechar o Parlamento.

A população saiu para se manifestar em frente ao prédio, enquanto o presidente do Parlamento convocou uma reunião especial para derrubar o decreto.

Os congressistas furaram o bloqueio das forças de segurança, em alguns casos chegaram a entrar pelas janelas do prédio, e conseguiram votar o fim do decreto.

A Constituição do país determina que uma lei marcial não pode ser aplicada se a maioria do Parlamento determinar seu fim.

Pouco tempo depois, o presidente voltou a se pronunciar na televisão e ordenou a retirada de todos os militares envolvidos na lei marcial.

Foi a primeira vez que um presidente convoca lei marcial na Coreia do Sul desde a instauração da democracia, em 1987.

 

Por Jornal da República em 05/12/2024
Publicidade

Comentários

  • Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Notícias Relacionadas

Um Caminho de Abertura na Nova Era para o Mundo
13 de Outubro de 2023

Um Caminho de Abertura na Nova Era para o Mundo

Diretora do Instituto Marielle Franco visita no Museu de História Afro-Americana, nos EUA
23 de Junho de 2023

Diretora do Instituto Marielle Franco visita no Museu de História Afro-Americana, nos EUA

Adaptando-se às Mudanças Após o Casamento: Dicas para uma Nova Fase de Vida
06 de Dezembro de 2024

Adaptando-se às Mudanças Após o Casamento: Dicas para uma Nova Fase de Vida

Ucrânia receberá de 120 a 140 tanques em primeiro lote, diz ministro
31 de Janeiro de 2023

Ucrânia receberá de 120 a 140 tanques em primeiro lote, diz ministro

Aguarde..