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DA REDAÇÃO - Mentiroso compulsivo e convicto, o presidente da República Jair Bolsonaro (Sem partido), também sem honrar a palavra, quebrou uma promessa que fez ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a denunciar sem provas o sistema eleitoral e disse que a eleição de 2022 não será confiável.
Há poucos dias Lira disse que Bolsonaro lhe garantiu que respeitaria a decisão da Câmara e encerraria o assunto se o voto impresso fosse derrotado.
“Se não passar, há um compromisso do presidente da República – e isso ficou claro – de que cumprirá, de que aceitará o resultado do plenário da Câmara dos Deputados. É isso que eu espero”, afirmou Lira na noite de terça.
Porém, após a proposta do voto impresso ter sido derrotada e arquivada na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Junto a apoiadores, Bolsonaro também repetiu, sem provas, que a eleição de 2022 não será confiável.
E ao comentar um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga um ataque hacker ao TSE, Bolsonaro repetiu ao menos cinco vezes, como mostrou o colunista do Jornal o Globo Lauro Jardim, não ter provas de que os fatos apurados na investigação demonstrariam uma fraude, mas insistiu nas alegações mesmo assim. A Corte eleitoral já pediu que ele seja investigado pelo vazamento desse inquérito.
Votaram a favor do voto impresso 229 dos 513 deputados deputados. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), eram necessários no mínimo 308 votos.
Outros 218 deputados votaram contra o voto impresso. E 65 deputados se abstiveram ou se ausentaram. Aqueles que não votam contribuem para a derrubada da proposta, já que dificultam a chegada na marca dos 308.
Mas, aos apoiadores, Bolsonaro mentiu ao dizer que metade do parlamento votou a favor do voto impresso e que os 218 que votaram contra e os 65 que se abstiveram ou se ausentaram agiram dessa maneira por terem sido chantageados.
"Número redondos, 450 deputados votaram ontem, foi divido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí", disse Bolsonaro.
E apresentou uma tese que orgulharia Joseph Goebbels ao utilizar o recurso de atacar os outros com características que lhe são caras ao atribuir ao ministro do STF e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, uma possível coação aos parlamentares.
"Desses outros que, tirando esses partidos de esquerda que votaram contra, muita gente votou preocupada. Foram realmente problemas. Com problemas essas pessoas aí resolveram votar com o ministro presidente do TSE. Os que se abstiveram, numa votação online, abstenção é muito difícil acontecer. Não é que votou abstenção, é não votou. Então é sinal que também ficaram preocupados com retaliações", continuou o presidente. (Com informações do G1, Foto: Marcos Corrêa/PR)
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