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O fim das eleições municipais trouxe consigo um debate sobre a possível sucessão de Jair Bolsonaro enquanto candidato da extrema-direita brasileira. Esse debate é fomentado principalmente por duas cidades: em Goiânia, a vitória de Sandro Mabel é vista como um prelúdio de um futuro conflito direto entre Caiado e Jair Bolsonaro. Já em São Paulo, a figura de Tarcísio de Freitas é não apenas o destaque, mas é também apontado como o principal responsável pela reeleição do prefeito Ricardo Nunes. Nesse cenário, os dois atores (Caiado e Tarcísio) foram alvos, diretamente ou indiretamente, de críticas do próprio bolsonarismo.
Ronaldo Caiado
Para Ronaldo Caiado esse movimento esteve presente em um debate específico: a fala do governador Caiado em reunião sobre segurança pública. Os comentários oriundos deste tema após a ríspida interação do governador em relação ao presidente Lula reforçam o momento delicado no qual Caiado se encontra com relação ao bolsonarismo: 20% reforçam os argumentos utilizados pelo governador, enquanto outros 80% tecem críticas sobre a análise técnica e política feita por Caiado sobre segurança pública. O destaque aqui é a “ausência” do bolsonarismo, que mesmo em tema tão caro ao cluster não sai em defesa de Caiado neste episódio.
Tarcísio de Freitas
Já a publicação realizada pelo governador Tarcísio de Freitas em seu Instagram após a vitória de Ricardo Nunes gerou mais de 2.3 milhões de visualizações e milhares de comentários. Essas interações apontam algumas hipóteses e apresentam reações importantes para analisarmos o bolsonarismo. Quando classificamos os comentários por tópicos podemos observar quatro grandes campos que merecem destaque:
Observamos que Tarcísio, mais do que Caiado, é alvo de uma espécie de comportamento “passivo-agressivo” por parte do bolsonarismo. Esse movimento busca via redes sociais relembrá-lo de que o apoio à ele está atrelado a um papel específico e delimitado: o de subordinado à Jair Bolsonaro. Movimentos como a aproximação com Kassab, as especulações sobre uma candidatura futura e tentativas de questionar a figura central de Bolsonaro no próximo ciclo virão acompanhados de uma disputa feroz dentro da extrema-direita
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