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Prefeito do Rio de Janeiro monta secretariado com nomes de partidos de esquerda, fortalecendo coalizão e preparando terreno para futuras eleições
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, está desenhando uma administração que promete ser mais inclusiva e diversificada, com a incorporação de figuras proeminentes da esquerda em seu secretariado. Esta movimentação política não apenas reflete uma estratégia de governabilidade, mas também sinaliza possíveis alianças para as eleições de 2026, incluindo a possibilidade de uma chapa para a vice-prefeitura.
Confira abaixo a tabela com as indicações e possíveis nomeações para o novo governo:
Secretaria/Cargo | Nome | Observações | |
---|---|---|---|
Trabalho e Renda | Everton Gomes (PDT) | Deve permanecer no cargo | |
Desenvolvimento Econômico Solidário | Marcio Santos (PV) | Acalmar ânimos do PC do B e PV | |
Habitação | Diego Zeidan | Substituiria Caiado | |
Ambiente e Clima | Tainá de Paula | Retorno à pasta | |
Cidadania (SECID) | Adilson Pires ou Tiago Santana | Ex-vice de Paes ou Presidente do PT Carioca | |
Parques e Jardins | Ricardinho ou Juares Barroso | Em disputa | |
A definir | Edson Santos | Ex-ministro de Lula |
Principais pontos da nova configuração:
Manutenção de Everton Gomes (PDT) na Secretaria de Trabalho e Renda, sinalizando continuidade em áreas consideradas bem-sucedidas.
Nomeação do ex-petista e vereador Marcio Santos para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário, uma jogada estratégica para acalmar PC do B e PV, além de abrir vaga na Câmara para suplentes, em Especial o 2º Suplente Niquinho, do grupo do Quaquá.
Diego Zeidan, filho de Quaquá, cotado para assumir a Habitação, fortalecendo laços com uma ala importante do PT.
Retorno da vereadora Tainá de Paula (PT) para a pasta de Ambiente e Clima, reforçando o compromisso com pautas ambientais, abrindo vaga para a Vereadora Luciana Novaes.
Disputa entre Adilson Pires e Tiago Santana pela Secretaria Especial de Cidadania, ambos com fortes conexões no PT.
Possível espaço para o vereador Edson Santos, ex-ministro de Lula, como reconhecimento por sua lealdade política.
Esta reconfiguração do secretariado de Paes reflete uma estratégia multifacetada:
Fortalecimento de alianças: Ao incorporar nomes de diferentes partidos de esquerda, Paes busca solidificar uma base de apoio mais ampla e diversificada.
Preparação para 2026: A inclusão de figuras-chave da esquerda pode ser vista como um movimento em direção a possíveis alianças para as próximas eleições municipais.
Equilíbrio político: A distribuição de cargos entre diferentes correntes políticas demonstra a habilidade de Paes em manter um equilíbrio delicado entre diversos interesses.
Renovação e experiência: A mistura de novos nomes com políticos experientes sugere uma busca por inovação sem abrir mão da expertise acumulada.
Atenção às demandas sociais: A escolha de secretários com histórico em pautas sociais e ambientais indica uma preocupação em atender às crescentes demandas da população nessas áreas.
O movimento de Paes em direção à esquerda não passa despercebido e gera especulações sobre suas ambições futuras. A possibilidade de uma chapa para vice-prefeitura em 2026 com um nome da esquerda é vista como uma estratégia para ampliar seu eleitorado e consolidar alianças importantes.
Entretanto, essa reconfiguração também traz desafios:
A sociedade civil e os setores envolvidos aguardam com expectativa para ver como essa nova configuração do governo Paes se traduzirá em políticas públicas e ações concretas para a cidade do Rio de Janeiro. O sucesso dessa estratégia dependerá não apenas da habilidade política do prefeito, mas também da capacidade de sua equipe em entregar resultados tangíveis para a população carioca.
Por Ralph Lichotti (Editor do Jornal da República)