PAISAGISMO: Diretriz de 30 anos para plantio de mudas em parques, e logradouros públicos sai do papel

PAISAGISMO: Diretriz de 30 anos para plantio de mudas em parques, e logradouros públicos sai do papel

A Fundação Parques e Jardins, inaugurou na Fazenda Modelo, no bairro de Guaratiba, o primeiro viveiro de árvores urbanas da cidade. Hoje as mudas plantadas nos parques, praças e logradouros públicos da capital são importadas de produtores dos estados de, São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com fonte ligada a Fundação, o projeto foi viabilizado a partir da parceria entre a Fundação Parques e Jardins, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a empresa Farm, (recentemente engajada em ações de sustentabilidade). A meta do novo viveiro é produzir mais de 10 mil mudas por ano, “um número insuficiente frente ao cenário inóspito do visual paisagístico do município – alerta a fonte.

 

Burle Marx: O mestre do paisagismo brasileiro

Roberto Burle Marx é uma referência sempre presente para os profissionais do paisagismo. A sua importância no setor, tornou-o consagrado no país e mundialmente, principalmente com um dos precursores do modernismo na arquitetura brasileira. 

Apaixonado por plantas desde criança, já cuidava dos canteiros em estilo europeu de sua casa, quando morava no Rio de Janeiro. Aos 17 anos, passou um tempo na Europa, estudando pintura com grandes mestres, uma outra grande paixão do artista. Mas, ao retornar ao Brasil, optou definitivamente pelo paisagismo.

Burle Marx sempre valorizou as plantas nativas brasileiras em um período conservador, em que eram predominantes os tradicionais jardins estilo europeu, com a presença de plantas como azaléias, magnólias e nogueiras, entre outras.

Estilo próprio

Seguindo a ideologia da escola alemã Bauhaus,o paisagista teve influência do estilo humanista, que reúne todas as artes. Nesse período, teve contato estreito com outros arquitetos que fizeram parte da revolução modernista na arquitetura brasileira, como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

Botânico autodidata, Burle Marx fez pesquisas aprofundadas sobre a flora brasileira, quando teve conhecimento das principais plantas tropicais do país, como as bromélias e o buriti, uma espécie de palmeira, ambas muito empregadas em seus jardins.

Rejeitava em seus projetos as flores exóticas (vindas de fora) e trouxe para os grandes centros as ignoradas plantas nativas. Deixou em Brasília um legado de seus principais projetos, dentre eles a Praça das Fontes, a jardinagem do Itamaraty, e o jardim externo do Palácio da Justiça.

Por Editoria/vivadecora.com/Imagem: Internet

Por Jornal da República em 16/05/2022
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