Países iniciam operações de retirada de seus cidadãos do Sudão

Seis aviões do Exército espanhol voaram para Djibuti

Países iniciam operações de retirada de seus cidadãos do Sudão

A Espanha iniciou hoje (23) uma operação de retirada de cidadãos espanhóis, europeus e sul-americanos do Sudão, no mesmo dia em que outros países anunciaram operações de repatriamento de pessoas retidas na região devido aos confrontos da última semana.

Seis aviões do Exército espanhol voaram para Djibuti a fim de retirar cerca de 80 pessoas, entre espanhóis, europeus e sul-americanos, e "aguardam espaço seguro para pousar e iniciar a operação", segundo informações de fontes diplomáticas espanholas à agência EFE.

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, disse que "os aviões estão preparados para que, assim que o cessar-fogo for respeitado, realizar a operação", que admite não ser fácil "porque o aeroporto do Sudão está fechado" e a retirada terá que ser feita a partir de um aeródromo próximo e por estrada.

Além da Espanha, vários países preparam operações de repatriamento.

As autoridades líbias concluíram hoje a retirada, por mar, de quase uma centena de cidadãos retidos no Sudão devido aos confrontos da última semana, que já provocaram pelo menos 400 mortos e mais de 3.500 feridos.

O embaixador da Líbia em Cartum, Fawzi Boumrez, anunciou nesse sábado (22) a retirada de 83 cidadãos e suas famílias por meio de Port Sudan (Nordeste), localizado a 600 quilômetros da capital e às margens do Mar Vermelho, de onde serão transferidos para a cidade saudita Jeddah antes de retornar ao seu país.

A Itália anunciou que pode ocorrer hoje o repatriamento de 140 cidadãos. Segundo o chanceler italiano, Antonio Tajani, "eles foram contactados durante a noite, estão todos bem e foram convidados a se dirigir à embaixada em Cartum", de onde será tentada a retirada.

O governo britânico informou que também retirará o pessoal diplomático do Sudão "o mais rápido possível" e aconselhou os britânicos retidos no pais a comunicar sua presença ao Ministério das Relações Exteriores e a permanecer em local seguro.

O ministro dos Negócios estrangeiros de França anunciou "operação de retirada rápida" de franceses e pessoal diplomático, em que poderão ser apoiados outros cidadãos europeus e nacionais de "países parceiros aliados".

A embaixada da Turquia no Sudão disse que o processo de retirada dos seus cidadãos também começa hoje, tendo em conta a situação caótica que se vive atualmente na capital, Cartum, e a retomada dos confrontos.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava concluída a retirada dos funcionários da embaixada norte-americana no Sudão, informou a agência de notícias Associated Press (AP)

Sauditas e cidadãos de outros países retirados do Sudão chegaram também neste sábado a Jeddah, cidade portuária da Arábia Saudita, no dia em que o chefe do Exército admitiu não controlar o aeroporto internacional de Cartum, comprometendo operações de retirada.

Segundo a mais recente contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 413 civis morreram e 3.551 ficaram feridos desde o início do conflito no Sudão.

Os confrontos começaram há uma semana entre as forças armadas, comandadas pelo líder de fato do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), chefiados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como "Hemedti".

Por Jornal da República em 24/04/2023
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